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De costureira a milionária

De Naiady Piva, no site da Gazeta do Povo:

Leiza chegou da aula, um dia, e lá estava sua mãe costurando. A cena era comum; a matriarca trabalhava volta e meia levava serviço para casa, e lá ficavam todos os retalhos, elásticos. A jovem, então com 16 anos, decidiu usar este refugo para montar uma fabriquinha de lingeries. Foi o primeiro negócio de Leiza Oliveira, fundadora da Minds English School, escola de idiomas que faturou R$ 70 milhões, no ano passado (2016).

Com 72 unidades, a Minds completa no mês de julho 10 anos de sua fundação. É fruto de um sonho antigo de Leiza, que cursou magistério para trabalhar como professora. Acabou fazendo carreira em escolas de idiomas, onde descobriu uma paixão pela área comercial.
Sua trajetória é da típica “self-made woman”. Seu primeiro trabalho com carteira assinada foi como recepcionista de uma escola de inglês, aos 18 anos. Ela cursava Matemática na Universidade Estadual de Maringá (UEM), e percebeu que podia fazer um “bico” na área de expansão da escola, no seu pouco tempo livre. Meses depois, foi convidada para liderar a expansão da marca para o Rio de Janeiro.
Foi para lá como sócia. Deu um carro usado (seu único bem) em troca de 2% de participação na filial. Não deu muito tempo, e a empresa faliu.
De volta a Maringá, Leiza começou sua peregrinação por escolas de idiomas. Trabalhou no comercial, expansão, administrativo, fez um pouco de tudo, até surgir a chance de comprar uma franquia.
“Mas aquilo foi me quebrando um pouco. Eu tinha uma equipe pedagógica fantástica na minha escola e não podia melhorar as coisas por ser uma franquia”. A empresária conta que foi numa conversa de bar, com o pessoal “das antigas” que surgiu o papo sobre como seria a escola de inglês perfeita. Decidiu que era sua hora.
A primeira unidade da Minds foi aberta em 2007, na cidade de Porto Alegre. O diferencial, segundo Leiza, é a oferta de um produto de qualidade, com salas enxutas (até seis alunos), e quatro horas semanais, a um valor abaixo da média de mercado.
A empresária também garante acompanhamento de perto dos franqueados, com “uma gestão compartilhada” e suporte para dar atendimento administrativo, pedagógico e comercial sem custos. Outra preocupação é de não vender unidades “em cada esquina”, para evitar que os franqueados disputem mercado uns com os outros. Leia mais.

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