Caos total no Rio: MS promove genocídio, diz médico

Marcela-Temer-Barros

De Bruno Dias, na revista Carta Capital:

O Rio de Janeiro, município com a maior capacidade hospitalar em todo o país, agoniza em meio a uma crise econômica sem precedentes, deixando como marca o caos e a descontinuidade de atendimentos nas três esferas de gestão dos serviços de saúde, o que só interessa àqueles comprometidos com o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS).

A rede federal na cidade encontra-se num processo de dita reorganização que só a esfacela, enquanto a estadual sofreu cortes na ordem de R$ 1 bilhão, e a municipal é obrigada a absorver uma demanda reprimida e multiplicada.
“Vejo um verdadeiro genocídio sendo promovido pelo Ministério da Saúde, que resolveu mexer em toda a rede federal instalada na cidade sem consultar nenhum dos órgãos reguladores e que não aciona nem Defensoria nem Ministério Público em meio à um estado em situação falimentar e um município capenga. Não há solução dentro do atual quadro para os desmandos que estão acabando com a rede pública federal na cidade”, declara à Abrasco Julio Noronha, médico do Hospital Federal de Bonsucesso e integrante do departamento de médicos federais da Federação Nacional dos Médicos.
Com mais de 20 anos de profissão, Julio foi exonerado da chefia da emergência do Hospital de Bonsucesso por denunciar junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) o fim das contratações e as sucessivas negativas do MS na reposição de recursos humanos. Leia mais.