Orelha em pé

A nova prisão do ex-diretor da Secretaria do Estado de Educação do Paraná Maurício Fanini, na manhã de hoje, como parte da terceira fase da Operação Quadro Negro, deixa alguns políticos de orelha em pé.

Maurício Fanini já havia sido preso temporariamente em 2015, e respondia ao processo em liberdade. Desta vez, a prisão é preventiva e, portanto, tem prazo indeterminado. Entre 2011 e 2014, ele foi diretor de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Seed e ocupou, de janeiro a junho de 2015, o comando da Fundepar.
Informa a Gazeta do Povo que a ação do Gaeco partiu de novas denúncias de lavagem de dinheiro contra Fanini e a mulher, a fonoaudióloga Betina Sguario Moreschi Antônio, que, submetida a medidas cautelares, teve seu passaporte retido e fica proibida de deixar a cidade. Foram executados mandados de busca e apreensão na casa da família, no bairro Cabral, e no atual local de trabalho de Fanini, em Guaratuba. Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara Criminal de Curitiba e foram apreendidos computadores, documentos, celulares e outros objetos.
Segundo o G1, ontem o advogado criminalista René Dotti e sua equipe renunciaram à defesa de Fanini alegando “motivo de foro íntimo”. O novo advogado de Fanini e Betina é Omar Elias Geha, que afirmou que só se manifestará depois de ter acesso aos autos do processo.
Ao lado de outras 22 pessoas, Fanini também é alvo de investigação por improbidade administrativa em ação em trâmite na 1ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. A denúncia do Ministério Público é pelo “direcionamento” de uma parcela de processos licitatórios organizados pela prefeitura de Curitiba entre 2002 e 2012, quando a cidade foi administrada por Cassio Taniguchi (de 1997 a 2004), Beto Richa (de 2005 a 2010) e Luciano Ducci (de 2010 a 2012). (Imagem: RPC)