Arrogância II

Portador de indescritível amargura, o arrogante projeta sentimentos em forma de superioridade falsa, como se a sua fosse uma existência especial, no reinado da ilusão fixa.
Dominado sempre pelos distúrbios a que dá significado profundo, sem considerar a necessidade de desenvolvimento da afetividade enriquecedora.

Encastela-se nos atributos que gostaria de possuir, subestima as demais pessoas que parecem existir, exclusivamente para servi-lo.
Torna-se insensível ao sofrimento alheio, dá a impressão de ser inatingível, investido de elevada situação que o torna especial.
Todo indivíduo arrogante é portador de diferentes expressões de medo. Conserva tendências dominadoras dos instintos agressivos, a que dá expansão, perde-se em vacuidade e solidão.
Prefere os relacionamentos superficiais mentirosos, forjados na bajulação e nos interesses mesquinhos, recusa os afetos simples e desataviados das amizades fraternais.
Como este texto de Joana de Ângeles/ Divaldo Pereira Franco, ampliamos o convite à reflexão sobre arrogância. Uma autoanálise nos ajudará a identificar se somos ou se conhecemos alguém do nosso relacionamento, reiterando que o antídoto da arrogância é a humildade.
Akino Maringá, colaborador