MBL Maringá tenta evitar abertura de Comissão Processante para apurar denúncias contra Homero Marchese

O Movimento Brasil Livre, que vive uma desidratação de seus quadros coincidentemente no mesmo momento em que seu líder local Homero Marchese caminha para o cadafalso político, tenta desde ontem à noite mobilizar seus integrantes a pressionar os demais vereadores para evitar a abertura de Comissão Processante contra o vereador.

No Facebook, repetindo o discurso de Marchese, o grupo de extrema direita busca desqualificar os vereadores e colocar o prefeito Ulisses Maia por trás do pedido de cassação, que foi apresentado ontem pelo Partido Verde, sigla pela qual o vereador se elegeu no ano passado.
Nas redes sociais a página do MBL Maringá, que também costuma atacar políticos e jornalistas independentes da cidade, seria feita por duas pessoas; uma delas seria o próprio Marchese. Em grupos de mensagens defensores de Homero Marchese – que se indispôs com colegas de Legislativo, a maioria da imprensa local e correligionários – dizem que Maringá “irá virar uma zona de vez” se ele perder seu mandato. Mensagem distribuída ontem à noite, logo após o Maringá Post divulgar o protocolo do pedido de cassação por conta de três motivos (ameaça a um filiado do PV, a nomeação de assessor condenado por improbidade e o acesso a dados sigilosos da Seduc), tenta vincular a denúncia “à esquerda” que estaria “tomando conta de Maringá”.
Principal elemento de discórdia dentro da Câmara de Maringá, Homero Marchese pode se tornar o primeiro vereador de Maringá a perder o mandato no primeiro ano de mandato, após brigar com a maioria dos que lhes cercam, inclusive com partidários, eleitores e financiadores da sua campanha. A leitura do pedido será feita na sessão desta quinta-feira, que começará às 9h30.
Para isso, será preciso maioria simples autorizando a instalação da Comissão Processante, e, ao final da apuração, a constatação de serem verdadeiras as acusações contra ele. Pregador da transparência e da apuração de atos ilícitos, no entanto, a mobilização feita pelo MBL para evitar a abertura da Comissão Processante paraq apurar as denúncias contradiz, novamente, o discurso do próprio Marchese.

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