A teoria, tanto quanto a prática das coisas do espírito, apresenta, aos leigos e inscientes, aspectos e modismos inéditos, imprevistos, bizarros, surpreendentes.
Nos domínios da mediunidade, então, o reservatório de surpresas parece inesgotável e desconcerta, e surpreende até os observadores mais argutos e avisados.
Se fôssemos minudenciar, escarificar o assunto até às mais profundas raízes, poderíamos concluir que o intercâmbio de encarnados (vivos) e desencarnados (mortos), velho quanto o mundo, se indicia mais ou menos latente ou ostensivo, em todos os atos e feitos da Humanidade.
Inspirações, idéias súbitas ou pervicazes, sonhos, premonições e atos havidos por espontâneos e propriamente naturais, radicam muito e mais na influenciação dos Espíritos que nos cercam – por força e derivativo da mesma lei de afinidade incoercível no plano físico, quanto no psíquico – do que a muitos poderia parecer.
E assim como se não desloca nem se precipita, isoladamente, um átomo no concerto sideral dos mundos infinitos, assim também não há pensamento, idéia, sentimento, isolados no conceito consciencial dos seres inteligentes, que atualizam e vivificam o pensamento divino, em ascese indefinida – semper ascendens.
Com este resumo do prefácio do livro Parnaso de Além-Túmulo, o primeiro psicografado por Chico Xavier, a cujo conteúdo o leitor pode ter acesso aqui, queremos convidá-lo a refletir sobre a obra de grandes poetas, que depois que passaram para outro lado da vida, continuaram escrevendo através do maior médium brasileiro de todos os tempos.
PS:Ainda que por curiosidade, baixe o livro e leia, é de graça.
Akino Maringá, colaborador