A tradição de pedir ‘bença’

Os menos novos como eu certamente foram educados para pedir ‘bença’ aos pais, que na verdade era mais uma forma de cumprimento. Para outros, bom dia, boa tarde…, para pais, avós, tios, padrinhos, ‘bença pai’…
Com o tempo isso foi mudando e hoje o cumprimento é, muitas vezes: ‘e aí véio’, ‘beleza’, e outras formas coloquiais. Parece que se perdeu o respeito.

Voltando ao título, bênção, que é a palavra correta, me faz lembrar de minha avó paterna que ,analfabeta, dizia com uma sabedoria filosófica, quando lhe pedíamos a bênção: ‘benção ( sem o acento) de Deus’, diferentemente de todos os demais que falavam: ‘Deus te abençoe’. Mas será que é preciso pedir que Deus abençoe alguém, para ser abençoado? Entendo que as bênçãos estão à disposição de todos nós. O que ocorre é que nem sempre estamos receptivos, em boa sintonia, para recebermos. Quem tem o Pai que temos, não precisa pedir ou que intermediários (padre, pastores, e outros religiosos, também) peçam bênçãos. Mas como dizia uma música de Fernando Mendes, ‘não adianta ir a igreja rezar e fazer tudo errado’.
PS: Na política, dizem que muitos costumam ir a um templo na Prudente de Morais em Maringá, pedir ‘bença ao pai Ricardo’, que em Curitiba tem nossa senhora Cida no templo central da grande família.
Akino Maringá, colaborador