Operação Piloto mira PPP da PR-323
A prisão de Beto Richa, sua mulher Fernanda e de seu braço direito Deonilson Roldo faz parte da 53ª fase da Lava Jato, batizada de Piloto. Este era o codinome de Beto Richa no departamento de propinas da Odebrecht.
Richa foi preso em sua residência no bairro Mossunguê, em Curitiba, que também foi alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal. O empresário Jorge Atherino também foi alvo de mandado de prisão.
O objetivo da investigação é a apuração de suposto pagamento milionário de vantagem indevida no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada (leia mais).
A duplicação da PR, entre Maringá e Francisco Alves, não saiu do papel porque a empreiteira acabou envolvida na Operação Lava Jato. Em setembro de 2016 o governo pediu rescisão do contrato. O escritório do consórcio Rota das Bandeiras ficava na avenida Herval, em Maringá.
A Operação Piloto cumpre mandados de busca e apreensão em Salvador (BA) e São Paulo (SP), e, no Paraná, dois mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária em Curitiba, além de dois de busca e apreensão em Lupionópolis, um em Colombo e 28 na capital do estado.