Texto de Diego Iraheta, do Huffpost, serve para explicar o sentimento antipetista que, muito mais do que pelas ‘qualidades’ de Bolsonaro, o levou à vitória.
O Partido dos Trabalhadores permaneceu 14 anos no poder. Teria ficado até mais se Dilma Rousseff não tivesse sido apeada do poder por impeachment após ser julgada por suas manobras fiscais ilegais. Nessa década e meia, o partido esteve envolvido em 2 graves escândalos de corrupção: o mensalão, descoberto em 2005, ainda no primeiro mandato do ex-presidente Lula, e o propinoduto da Petrobras, descoberto pela Operação Lava Jato, deflagrada em 2014 pela Polícia Federal.
Como estava no governo, o PT acabou sendo associado mais diretamente com os esquemas, muito embora vários partidos da base aliada e até da oposição participassem. A retórica lulista do “eu não sabia”, tanto para o mensalão quanto para o petrolão, foi alimentando a raiva pelo partido que outrora se vendia como baluarte da ética e já então caía na vala comum das legendas marcadas pela corrupção.
Pelo menos desde 2014, Jair Bolsonaro se posiciona mais claramente como inimigo do PT. Mesmo tendo votado de forma semelhante ao partido na Câmara em diversas ocasiões, o militar praticamente se autoproclama “metralhador de petralhas”, detonador das esquerdas.
Akino Maringá, colaborador