‘Eu entrei em pânico e saí correndo’, diz Rocha Loures sobre mala

Aguirre Talento, em O Globo:

As imagens do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) correndo com uma mala de R$ 500 mil de propina da J&F entraram para a história da Lava-Jato há um ano e meio. Até hoje em prisão domiciliar, Rocha Loures é réu em uma ação penal por corrupção passiva referente ao episódio e, nesta semana, apresentou pela primeira vez sua versão dos fatos — desde que estourou o caso, ele nunca havia se pronunciado.

O Globo obteve o vídeo do depoimento prestado por Rocha Loures ao juiz da 15ª Vara Federal de Brasília, Jaime Travassos, na última quarta-feira. As falas apresentam contradições, dentre elas com a própria defesa — os advogados haviam apontado que o ex-deputado recebeu a mala “sem saber qual era seu conteúdo”. À Justiça, embora Rocha Loures afirme que nunca abriu a mala, ele deixa claro que sabia que havia conteúdo ilícito e disse que não queria recebê-la.
O ex-deputado afirmou que não entendeu que as ofertas do empresário Joesley Batista eram propina e disse que foi incumbido pelo presidente Michel Temer (MDB) da missão de ouvir as suas demandas.
O empresário pediu a Rocha Loures a interferência em um processo de seu interesse no Cade — uma disputa empresarial do grupo J&F com a Petrobras. A investigação da Polícia Federal (PF) mostra que Rocha Loures telefona para o então superintendente do Cade, Eduardo Frade, pede para dar atenção ao assunto e marca uma reunião. Em seu depoimento à Justiça, porém, ele negou ter ajudado o empresário. Leia mais.

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