‘Confissão de culpa’
Leitor que acompanhou de perto as denúncias sobre os valores repassados pela administração Pupin/Barros para a realização de eventos de voleibol em Maringá, depois de analisar linha por linha, acredita que a nota do Maringá Vôlei, divulgada ontem, é praticamente uma confissão de culpa.
“Os jogos foram feitos exatamente nos mesmos moldes que são feitos todos os anos nos diversos municípios do Brasil”, frisa a nota, esquecendo que em Jaraguá do Sul (SC) custou R$ 281 mil, o valor do ingresso era R$ 40 ou R$ 60 e parte da renda ficou com a prefeitura municipal, enquanto em Maringá custou R$ 500 mil, o ingresso era R$ 80 e a prefeitura não recebeu nenhum centavo da renda.
Corroborado pelas declarações do promotor, diz que a nota mente quando diz que os responsáveis nunca foram notificados para prestar contas. Representantes da empresa estiveram no Ministério Público assumindo o compromisso voluntário de prestar contas.
Há ainda a questão da arrecadação da bilheteria, seja nos dois jogos ou mesmo nos da Superliga de Vôlei. O Ministério Público chegou a ser informado, na época, de que havia algo estranho na impressão e distribuição de centenas de convites no escritório do deputado federal Ricardo Barros, na avenida Prudente de Morais, o famoso Posto Ipiranga. Considerando que em alguns jogos a distribuição de ingressos foi farta, isso poderia até configurar lavagem de dinheiro.