Como base na Teosofia…

…e Filosofia, reflita, caro leitor: Se você está entre os que acreditam que a vida no corpo (físico) se resume aos cerca de 75 anos em média, que é a chamada expectativa de vida no Brasil, segundo do IBGE.
Se entende que o Ser Humano é formado por corpo e alma. Sabendo que o corpo leva cerca de nove meses para ser formado, antes do nascimento e vai crescendo até cerca de 18 anos, deve imaginar que a alma de cada criatura foi criada por ocasião do nascimento, a menos que admitamos a anterioridade da alma. Mas neste caso perguntaríamos o que era a alma antes do nascimento, e se o seu estado não constituiria uma existência, sob qualquer forma. Não há, pois, meio-termo: ou a alma existia ou não existia antes do corpo. Se ela existia, qual era a sua situação? Tinha ou não consciência de si mesma? Se não a tinha, era mais ou menos como se não existisse; se tinha, sua individualidade era progressiva ou estacionária. Num e noutro caso, qual a sua situação ao chegar ao corpo? Admitindo, de acordo com a crença vulgar, que a alma nasce com o corpo ou, o que dá no mesmo, que antes da encarnação só tinha faculdades negativas, formulamos as seguintes questões: l. Por que a alma revela aptidões tão diversas e independentes das ideias adquiridas pela educação? 2. De onde vem a aptidão extra-normal de algumas crianças de pouca idade para esta ou aquela ciência, enquanto outras permanecem inferiores ou medíocres por toda a vida? 3. De onde vêm, para uns, as ideias inatas ou intuitivas, que não existem para outros? 4. de onde vêm, para certas crianças, os impulsos precoces de vícios ou virtudes, esses inatos de dignidade ou de baixeza, que contrastam com o meio em que nasceram? 5. Por que alguns homens, independentemente da educação, são mais adiantados que os outros? 6. Por que há selvagens e homens civilizados? Se tomarmos uma criança hotentote, de peito, e a educarmos, enviando-a depois aos mais renomados liceus, faremos dela um Laplace ou um Newton?
Perguntamos qual a Filosofia ou a Teosofia que pode resolver esses problemas. Ou as almas são iguais ao nascer, ou não o são: quanto a isso não há dúvida. Se são iguais, por que essas tamanhas diferenças de aptidões? Dirão que dependem do organismo. Mas nesse caso, teríamos a doutrina mais monstruosa e mais imoral. O homem não seria mais que uma máquina, joguete da matéria; não teria a responsabilidade dos seus atos; tudo poderia atribuir-se às suas imperfeições físicas. Se as almas são desiguais, foi Deus quem as criou assim. Então, por que essa superioridade inata, conferida a alguns? Essa parcialidade estaria conforme à sua justiça e ao amor que dedica por igual a todas as criaturas? Veja a segunda parte da reflexão em outra postagem. Fonte aqui.
Akino Maringá, colaborador