Tem deputado estadual por Maringá que vem sendo criticado nas redes sociais por estar defendendo o acordo feito pelo Ministério Público Federal com o consórcio CCR Rodonorte. O acordo é considerado pela de ficção científica, um atentado, uma aberração.
Confira o que escreveu o Analista dos Planaltos, via blog do Zé Beto:
O acordo do Ministério Público Federal com o consórcio CCR Rodonorte, que admitiu pagamento de propina e vai reduzir o valor do pedágio em 30% parece um conto de ficção científica – e de horror ao mesmo tempo. Que conta é essa que fizeram para o abraço?
São 19 anos de cobrança, com faturamento anual de R$ 2,5 bilhões, o que significa R$ 47,5 bilhões neste longo período. Os 30% a que chegaram pode ser traduzido para “facada”, “mão no bolso do usuário otário”, neste tempo todo, ou seja, são R$ 14,5 bilhões que faturaram a mais do que seria o normal (que nunca é o justo, diga-se de passagem).
Esse dinheiro “a mais” foi distribuído como recompensa aos de sempre desde que a cobrança foi implantada – e representantes dos três poderes, sindicalistas e os tais líderes empresariais que parecem blindados devem estar aplaudindo agora o “acordo”.
A tal sociedade vai ser ressarcida do esbulho?
Nesse acordo para enganar os que já são enganados imagina-se quanto foi o pró-labore pelo êxito em leniência do escritório de advocacia que o Ministério Público engoliu com farinha. A concessionária faturou R$ 14 bilhões a mais e vai devolver parceladamente 700 milhões? É como devolver as rodas (sem pneus) do carro roubado e o advogado ainda ficar com o estepe e o tanque cheio de gasolina pelo trabalho de soltar o gatuno.
Alguém aí está com com dó das empreiteiras de pedágio do Paraná que confessaram o roubo no Paraná?
Pois os procuradores da República concordaram em deixar eles ganhando até o final do contrato! Também não os retiraram da gestão dos pedágios e nem propuseram intervenção nos trechos administrados pela CCR Rodonorte!
Mais, os doutores não os puniram e aceitam que eles não sejam declarados INIDÔNEOS para licitar ou contratar com a Administração Pública.
Não é de chorar? Vai ver que as principais acionistas do consórcio estão precisando de mais algum. Elas figuram na lista das bilionárias do mundo pela Bloomberg: 12% na CCR para Ana Maria Marcondes Penido Sant’Anna (US$ 1,1 bilhão) e sua irmã Rosa Evangelina; com 5,3% da mesma pedageira. Com elas, a controladora da CCR, Dirce Camargo, com mais de US$ 13 bilhões de fortuna e apontada como a 59ª pessoa mais rica do mundo (https://bit.ly/2tVjtqW).