Maringá precisa saber

Para uma cidade ir bem, além de contar com uma administração pública honesta e competente, é preciso que a sociedade se organize para direta ou indiretamente participar de sua governança. Maringá já foi apresentada em certos periódicos na categoria das cidades brasileiras com boas condições para se morar e viver.

É fato que muita coisa ainda precisa ser feita para torná-la uma cidade modelo, mas isto não impede que seja vista da forma como foi anunciada. Mesmo que o bom padrão de vida da cidade não seja uma realidade experimentada por toda a população, Maringá merece tal avaliação positiva por aquilo que é sua realidade. Aliás, quem visita com frequência outras cidades e faz uma comparação sincera concorda com os elogios direcionados para a assim chamada cidade canção. Sendo assim, os maringaenses precisam se perguntar: “quem são os responsáveis por tudo de bom que Maringá oferece?” Ou alguém pensa que as coisas acontecem sem a atuação de alguém? A resposta rápida diria que o crédito deve ser dado à administração pública, ou seja, aos políticos que a governam, pois o sucesso de uma cidade tem a ver com a forma como o gestor público trata das políticas públicas. Em parte a resposta está certa, pois a administração pública representa muito em termos do desenvolvimento da cidade. No entanto, não somente os políticos constroem a cidade. A população também é responsável por torná-la cada vez melhor, quando tem um comportamento responsável em termos de cidadania. Neste aspecto quando o povo, de forma inteligente e motivada, e valendo-se dos mecanismos adequados, trabalha ao lado da administração pública, fiscalizando-a e apoiando-a, a cidade tem maiores chances de dar certo. Maringá é um exemplo a ser seguido neste sentido, e não sem razão que tem exportado seu modelo de cidade para outros Estados, posto que aqui a sociedade civil organizada é muito atuante. O maringaense, portanto, não pode ignorar o excelente trabalho que a Associação Comercial e Industrial de Maringá – Acim –, que o Observatório Social de Maringá – OSM -, que o Conselho de Desenvolvimento de Maringá – Codem –, que o Conselho de Segurança – Conseg – que o Conselho do Jovem Empresário de Maringá – Copejem – que o Maringá Convention e Visitors Bureau, etc., desenvolvem em prol da cidade, velando pela execução dos melhores projetos da administração pública local. Com um trabalho sem custos para a população e de resultados notáveis para todos, a sociedade bem organizada vai cumprindo seu papel com primazia na construção do que lhe é proveitoso. É possível dizer então que é da disposição de governar bem da administração pública com o empenho da sociedade civil organizada de tornar a governança ainda melhor, que a cidade prospera.
Quem mora em Maringá deve saber que os organismos civis citados, diga-se de passagem, abertos à participação de todos, dentre tantos outros, merecem o reconhecimento de todos pelo trabalho de qualidade que desenvolvem em favor da cidade. Que ninguém se engane a ponto de pensar que o bem ou o mal de uma cidade é obra do acaso. Longe disto. Num e noutro caso o cidadão é o ator por ação ou por omissão.
Que este texto, do meu amigo, o advogado Lutero Pereira (publicado no Facebook) sirva para reflexão da importância de todos os maringaenses para que Maringá seja uma cidade cada vez melhor. Há quem diga que somos assim, por essa ou aquela administração e muitos lembram dos últimos 12 anos. Penso que não, e lembro de um frase de um colega ao se referir a uma agência do BB, da qual éramos gerência média. “Esta agência vai bem, com, sem e apesar da administração”. Diria que Maringá chegou onde está pela qualidade de seu povo e seria assim, com, sem e apesar de algumas administrações. Que a atual faça realmente a diferença e ao final do mandato possamos dizer que teve papel importante para que a cidade ficasse ainda melhor.
Akino Maringá, colaborador

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