Uma empresa contratada por Luciano Kuhl na Sercomtel será investigada pela promotora Sandra Koch, que expediu portaria anunciando o início dos trabalhos. O blog havia se referido há cerca de um mês à crise que atinge a única operadora pública de telefonia do país.
A empresa MKSP do colunista Marco Kumura, da CBN Londrina, serviria para prestar consultoria de marketing à empresa estatal (com a sócia Copel) que será privatizada por leilão em dezembro, convocado pelo prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), sócio majoritário da empresa.
A MKSP para fugir da concorrência pública apresentou três orçamentos – da própria, de outra da família no mesmo endereço na Gleba Palhano e um estranho do Senai Londrina, assinado pela esposa da Marco Kumura.
O Senai negou autenticidade do orçamento assinado por sua funcionária que já responde a um processo interno por falsidade, e a auditoria interna da Sercomtel identificou má fé nos dois orçamentos do mesmo endereço e com preços previamente combinados até o limite de 50 mil reais, que dispensaria a concorrência.
O contrato foi suspenso a partir da denúncia do jornal Impacto e protocolada na Procuradoria Geral de Justiça em Curitiba, com o pagamento de duas parcelas contratuais.
Agora Luciano Kuhl e seu assessor Paulo Martins deverão responder a processo administrativo disciplinar a ser instalado pelo Conselho Administração da Sercomtel, sob pena de Cláudio Tedeschi – presidente da empresa e responsável pela aplicação das normas legais, – responder por prevaricação ao engavetar a apuração da denúncia pública.
A promotora Sandra Regina Koch, da 4ª Promotoria, instaurou o inquérito para apurar os fatos no último dia 27.