Brigas por herança

Quantas histórias de brigas familiares por herança  conhecemos. Muitas, certamente e talvez e nossas famílias mesmo tenhamos exemplos.

Vejamos um texto, para reflexão:

E não falamos só de heranças de bens materiais, mas também de heranças de prestígio, de artistas, apresentadores de  rádio e televisão.
Chico Xavier visitava periodicamente uma colônia de hansenianos , em Goiás, e num dos humildes aposentos, registrou-se o mais interessante dos diálogos entre o Chico e o visitando, um pobre velho. Diante da indagação do Chico, que lhe perguntou como ia passando, recebeu a resposta de que não estava bom não, porque ele era dono de umas terras lá pelas bandas de Goiás, antiga Vapital do Estado, e seus filhos estavam digladiando pela posse das mesmas, enquanto ele estava ali, enfermo, sem ter condições de nada fazer para harmonizar a família.
O amoroso médium, respondendo, confortou-o com palavras de estímulo, de carinho e de otimismo, ao mesmo tempo em que relatou a seguinte história, em essência: “Conta-se que uma águia, certa vez, depois de muito voar e voar, conseguira, por fim, apossar-se de uma presa, que seria um animal ou um naco de carne, alçando voo para as alturas, levando consigo o desejado petisco.Considerava-se feliz por conseguir localizar comida, eis que a crise de alimentos era terrível naquele ano, em razão de vários fatores.Mas quando se encontrava a elevada altitude, notou que águias, suas irmãs, também esfomeadas, em enorme bando, perseguiam-na, em desesperado alvoroço e incrível velocidade, de tal sorte que o risco de ser estraçalhada, juntamente com o petisco, era iminente e inevitável.A Águia, refletindo, em fração de segundos, concluiu que a única alternativa que lhe restava era deixar a presa cair de suas garras.E assim fez.

E nem acabara de agir e aquele bando incalculável de famintas águias passou por ela, com a rapidez de um raio, ao mesmo tempo em que disputava, agressiva e vorazmente, o raro almoço” (Chico Xavier, Casos Inéditos – FEEGO, Weimar Muniz de Oliveira.)

Indiretamente e com carinho, Chico orientou o velhinho daquela Colônia a se desfazer daqueles bens materiais que o torturava bastante. A sabedoria do Chico é simplesmente incrível!…

Allan Kardec, em  ESE”, cap.XVI, 15, pergunta :“O princípio segundo o qual o homem não é senão o depositário da fortuna que Deus lhe permite gozar durante a vida, tira-lhe o direito de transmiti-la aos seus descendentes? E obteve do Espírito São Luiz a seguinte resposta: ‘O homem pode perfeitamente transmitir, depois de sua morte, do que gozou durante a vida, porque o efeito desse direito está sempre subordinado à vontade de Deus que pode, quando quiser, impedir seus descendentes de gozá-lo; é assim que se vê desmoronar fortunas que pareciam solidamente estabelecidas. A vontade do homem em manter sua fortuna na sua descendência é, pois, impotente, o que não lhe tira o direito de transmitir o empréstimo que recebeu, uma vez que Deus o retirará quando julgar conveniente”.

E para concluir onde quero chegar, pergunto: Alguém herdará e dará continuidade o trabalho de Gugu na TV? Em Maringá temos o caso de conhecido apresentador, cuja herança do estilo teria gerando desentendimentos, salvo engano, entre filhos e afilhados. Estaria esta herança se perdendo? Seria uma pena, torço para que não aconteça. Por questão de amor ao próximo devemos desejar sempre o melhor a todos e o melhor só Deus sabe.  Fonte aqui,

Akino Maringá, colaborador