Justiça proíbe obra na Estrada Jambers

O juiz de direito substituto Bruno Henrique Golon, da 2ª Vara Judicial Cível da comarca de Cianorte, determinou a suspensão de obra ou alteração no trecho da Estrada Jambers, localizado no Parque Cinturão Verde, naquela cidade. Em caso de descumprimento, será aplicada multa de R$ 2,5 milhões.
A Forest Hill anunciou empreendimento imobiliário naquela área e a prefeitura estaria trabalhando para liberar a construção de uma avenida dentro da mata. O caso foi relatado recentemente aqui.
A ação civil pública (ambiental) proposta pelo Grupo Fauna de Proteção aos Animais contra Forest Hill Urbanismo SPE Ltda., o Instituto Ambiental do Paraná e o município de Cianorte solicitou a liminar para que não se promova qualquer obra no interior do Parque Municipal Cinturão Verde, notadamente no leito da Estrada Jambers e em área afetada como de preservação na matrícula 12.896. O juiz Bruno Henrique Golon acatou o pedido ontem.
“Vergonhosamente a Prefeitura de Cianorte MENTIU para o juiz ao afirmar que houve ampla participação da sociedade em torno da decisão de asfaltar a via. Isso é MENTIRA. Nunca foi discutido nada”, publicou hoje nas redes sociais a jornalista Aida Franco de Lima.
A proposta foi levada ao Conselho do Meio Ambiente, pela empresa, no dia 21 de março de 2019, votada como item de assuntos gerais, surpreendendo até mesmo os conselheiros; nunca houve audiência pública para discutir a pavimentação da Estrada Jambers; a única audiência que houve foi para fechar a Jamber, porém, propondo abrir uma outra avenida dentro do Cinturão Verde, o que foi amplamente criticado pela comunidade local e especialistas, obrigando a empresa a buscar outra alternativa. Segundo a jornalista, a empresa nega-se a buscar outras vias, que poderiam ocorrer através do Aquiles Cômar ou mesmo através do novo trevo que será construído na Estrada Rodeio (para atender a empreedimento concorrente). “A mídia local silencia-se diante de grave crime ambiental que ameaça nos Cinturão Verde. Os coronéis de Cianorte precisam aprender que a LEI É PARA TODOS”, acrescentou.
Aqui, a decisão judicial.