Maringá vive a sexta epidemia de dengue em 10 anos

Maringá, a exemplo de outros 13 municípios paranaenses – como Londrina e Foz do Iguaçu -, enfrenta uma epidemia de dengue.

Esta é a sexta epidemia da doença em Maringá, considerando a série histórica iniciada em agosto de 2007, com o número de casos autoctones confirmados para a doença.

De acordo com os números obtidos pelo portal, por exemplo, Maringá enfrentou epidemia de dengue em todos os anos da gestão Carlos Roberto Pupin (PP).

A planilha abaixo representa o período de agosto a julho, conforme o calendário epidemiológico do Paraná.

Utilizando-se o mesmo critério de 300 casos para 100 mil habitantes, o que caracteriza a anormalidade, houve epidemia de dengue em Maringá durante a administração de Pupin (2013 a 2016) e também em 2010, quando era prefeito Silvio Barros II (PP).

ANOTOTAL DE CONFIRMADOSEPIDEMIA
2007/2008109
2008/200947
2009/20103.659SIM
2010/2011176
2011/201280
2012/20132.776SIM
2013/20143.695SIM
2014/20151.219SIM
2015/20162.767SIM
2016/2017168
2017/2018142
2018/2019972
2019/20201.628SIM

(*) Dados: Sceretaria de Saúde/PMM

NOVOS CASOS – Ontem o boletim semanal da Secretaria de Estado da Saúde registrou 9.161 novos casos confirmados de dengue no Paraná. O monitoramento do período epidemiológico com início em 28 de julho de 2019 totaliza hoje 35.853 casos confirmados da doença; a publicação anterior trazia 26.692.

329 municípios apresentam notificações para a dengue e 271 têm casos confirmados. Aumentou também o número de cidades em epidemia, eram 78 na semana anterior e agora são 93. As 14 cidades que entraram para epidemia são: Londrina, Foz do Iguaçu, Maringá, Umuarama, Iracema do Oeste, Brasilândia do Sul, Ivaté, Jussara, Tapejara, Ivatuba, Nova Esperança, Sarandi, São Pedro do Ivaí, Guaraci e Leópolis.

De acordo com o boletim semanal, Londrina tem hoje 2.288 casos confirmados de dengue; Maringá tem 1.628 e Foz do Iguaçu, 1.545.

Paranavaí, que já faz parte das cidades em epidemia soma o maior número de casos do estado, com 3.878 confirmações.

AÇÕES – Em todas as regiões acontecem ações para o combate e controle da dengue. Em Cascavel, reunião entre hospitais e a 10ª. Regional de Saúde estabeleceu o fluxo de pacientes com dengue intuito de desafogar as unidades de pronto atendimento de Cascavel e dos municípios da região.

“Estamos no momento considerado de maior circulação viral da dengue, com o registro de muita chuva, mas com a permanência do calor e de dias abafados, situação propícia para a proliferação do mosquito transmissor da doença, que se reproduz facilmente em qualquer lugar que acumule água parada. Por isso, nosso apelo e alerta semanal a todo paranaense para que nos ajude a combater a dengue, eliminando os criadouros do mosquito Aedes Aegypti; 90% dos criadouros estão nas residências, em ambientes externos e internos”, afirmou os secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.

Proporcionalmente ao número de habitantes, as cidades de Santa Isabel do Ivaí e Quinta do Sol, apresentam maior incidência. Santa Isabel do Ivaí, na região Noroeste, com cerca de 8.700 moradores, registra 1.283 casos de dengue e uma incidência de 14.913,40 por 100 mil habitantes, e Quinta do Sol, na região Centro-Oeste, com aproximadamente 5 mil habitantes, tem 664 casos e uma incidência de14.310,34.

46 municípios apresentam situação de alerta para a dengue; 19 passaram a fazer parte da relação nesta semana; 74 apresentam dengue com sinais de alarme e 26 registram casos de dengue grave.

Os principais sintomas da dengue são febre alta com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas e erupções avermelhadas semelhantes ao sarampo ou rubéola, principalmente no tórax e membros superiores, náuseas e vômitos, perda de paladar e de apetite, tonturas, dores no corpo.

O Hospital do Coração passa a direcionar 10 leitos para acomodação de pacientes com dengue e os casos mais graves serão destinados ao Hospital Regional de Cascavel.