O paciente Brasil reage
O texto é do meu amigo, advogado Lutero de Paiva Pereira, para o qual convido o leitor a refletirmos:
Não é difícil de perceber que o Brasil já começa a recobrar alguns movimentos, depois de estar acamado por longo tempo. Sua temperatura entra em normalidade e os sinais vitais indicam um pequeno nível de melhora.
É motivo para se comemorar? Sim, ainda que com certa prudência, pois não vai longe o tempo em que o quadro do paciente era tão comprometedor que o atestado de óbito, ainda que de morte cerebral, quase foi preenchido.
E qual teria a causa mortis? Corrupção, que impregnada nas suas partes mais íntimas parecia de cura improvável, a não ser pela entubação que veio pela Lava-Jato.
A continuar o bom tratamento a que o paciente vem sendo submetido, a qualquer momento poderá deixar de respirar por aparelhos e em breve, finalmente, para felicidade geral, ganhará alta da UTI.
Mas, enquanto a plena recuperação não acontece, é preciso ter cuidado com o entorno do leito, pois o número daqueles que a ele se achegam não é pequeno.
E o pior é que tem muita gente perto do paciente, desvestido dos melhores e mais límpidos propósitos para ajudar no seu processo de recuperação.
Dentre os que acessam o “quarto” estão visitantes falsos, hipócritas, de sentimentos perversos, pois se vestem de jaleco branco, mas nunca fizeram o juramento de Hipócrates, de modo que é preciso desconfiar deles.
Fazem belos discursos, até marejam os olhos como se estivessem condoídos diante da situação, mas vertem apenas lágrimas de crocodilo que, como se sabe, somente afloram enquanto o réptil gostosamente mastiga sua presa.
Tais são os que carregam nos bolsos remédios que não curam e que, se ministrados, podem disparar os batimentos cardíacos de forma arrítmica, com perigo de morte para o paciente.
É gente interessada em “pegar” a veia do País para injetar substância que possa mantê-lo moribundo por mais tempo, pois não querem que o Gigante se levante, pois se se colocar de pé será capaz de esmagar a todos.
Como parasitas, precisam de um País debilitado para dele tirar proveito, pois se o deixam se fortalecer não encontram espaço para viver.
Em outros rincões do Planeta existem exemplos negativos destes cuidadores criminosos, os quais mantém seus países em estado de pré-morte para, de forma inescusável, garantirem suas vidas.
Que os que se conduzem pelo juramento de Hipócrates, o pai da medicina, (460-377 a.C), e têm sido responsáveis pelo paciente Brasil esboçar reação, continuem seu glorioso trabalho de fortalecê-lo para recuperar a saúde e tirá-lo de leito de enfermidade, mas com o cuidado de afastar de perto do paciente os que seguem o juramento feito a Hipócrita, o pai da corrupção.
Akino Maringá, colaborador
(Foto: Pixabay)