‘O Brasil ainda vai enxergar quem são Bolsonaro e seus filhotes’

Está na coluna Painel, da Folha de S. Paulo de hoje, a última manifestação pública de Gustavo Bebianno, que morreu nesta madrugada. Foi um recado à família Bolsonaro. Disse ele:

“Todos que tentam trabalhar terminam alvejados pelas costas. O Brasil ainda vai enxergar quem são Bolsonaro e seus filhotes”, disse ele, referindo-se a o processo de fritura de que agora é alvo o ministro Luiz Eduardo Ramos.

Para Martim Vasques, o que aconteceu com Gustavo Bebianno “é só o prenúncio do que ocorrerá com o resto do Brasil: amou, foi traído, ficou amargurado, continuou obcecado por quem jurou fidelidade, acumulou tristezas e morreu sem saber o porquê. Não há coração que aguente isso.”

O deputado federal Alexandre Frota, que também estava com Bebianno na campanha de Bolsonaro desde o início, até o rompimento, com a morte do ex-ministro foram-se “muitas verdades. O desgosto da vida matou Bebbiano. Para uns e outros hoje vai ter festa no Palacio. Para amigos e família a saudade , e para o Brasil uma voz importante que se calou . Triste “.

Em O Globo, o jornalista Lauro Jardim disse que Bebianno detinha segredos da escalada de Bolsonaro ao poder — e de como realmente se passou nos bastidores o ano de 2018, o da eleição. Não era o único. Mas era talvez o que possuía mais informações até hoje não reveladas.

“Como não deixou nada gravado ou escrito para a posteridade, esse pedaço de história do Brasil real nunca virá a público, exceto por alguns relatos que fez a pessoas próximas.

Desde que brigou com Bolsonaro, no início do ano passado, Bebianno contou algmas passagens ocorridas durante a campanha eleioral, em que era o mais peóximo dos mais próximos auxiliares do atual presidente. Mas, em conversas privadas, costumava observar que o que dizia em entrevistas era um pedaço ínfimo do que viu, participou e viveu”.