TCE determina fim de gratificação irregular e multa reitor
O Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Paraná determinou que a Universidade Estadual de Londrina interrompa o pagamento de gratificação por Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (Tide) para servidores de sua carreira técnica.
Conforme a decisão do TCE-PR, os agentes recebem o benefício de forma irregular, já que ele não está previsto em lei, mas somente em um decreto.
O tribunal resolveu impor a medida à instituição de ensino ao julgar irregular tomada de contas extraordinária resultante de comunicação de irregularidade sobre o tema realizada em 2018 pela Sexta Inspetoria de Controle Externo, responsável pela fiscalização das universidades estaduais naquele ano.
Em seu voto, o relator do processo, conselheiro Ivens Linhares, destacou que, de acordo com o artigo 37, inciso X, da Constituição Federal, e com a jurisprudência do próprio TCE-PR, a concessão de vantagens financeiras a servidores públicos só pode ser feita por meio de lei.
Por ter comprovadamente tomado conhecimento do assunto sem, no entanto, tomar providências para resolver a situação, o reitor da universidade, Sérgio Carlos de Carvalho, recebeu duas multas – uma para cada ano de cometimento da ilegalidade, a contar da intimação processual. A penalizações somam R$ 8.506,40 para pagamento em março.
As sanções correspondem a 80 vezes o valor da Unidade Padrão Fiscal do Estado do Paraná (UPF-PR). O indexador, que tem atualização mensal, vale R$ 106,33 neste mês.
Os demais membros do órgão colegiado do TCE-PR acompanharam, por maioria absoluta, o voto do relator, na sessão de 12 de fevereiro. Cabe recurso contra o acórdão nº 354/20 – Tribunal Pleno, veiculado em 9 de março, na edição nº 2.254 do Diário Eletrônico do TCE-PR (DETC).
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