Geopolítica do desastre

Com dinheiro da Itaipu, dirigida então pelos paranaenses Luiz Fernando Vianna e Marcos Stamm, uma novíssima ponte rodoferroviária entre Mato Grosso do Sul e Paraguai foi aprovada, com voto e ação direta do ex-ministro sulmatogrossense e atual conselheiro de Administração da empresa binacional paraguaia é brasileira Carlos Marun (MDB-MS). 

A construção foi comemorada pelos donos de Porto Murtinho e agora são destaque na imprensa de lá os custos reduzidos dos fretes portuários pela hidrovia. Um carregamento de fertilizantes do Uruguai chega mais barato lá em 8% comparado com Paranaguá e tem empresário paranaense comprando terra para fazer seu próprio atracadouro portuário.

Quando algum expert local defende a ferrovia Maracaju-Campo Mourão a Paranaguá ou a duplicação do acesso de Londrina a São Paulo via Sertanópolis/Assis, ou Maringá a Presidente Prudente, aproveitando a bela estrada duplicada entre a capital paulista e Presidente Epitácio/MS (Raposo Tavares) fazem beiço e alegam que Campo Grande e Santos serão os únicos beneficiados. Quanta ingenuidade geopolítica dos que tanto alardeam o que não sabem, como a tal “projetada” ligação bioceânica Antofagasta a Paranaguá. 

Os lobistas de Mato Grosso do Sul fizeram a Itaipu pagar no rio Paraguai uma ponte de interesse deles, já a duplicação entre Curitiba a Garuva em Santa Catarina por rodovia federal pago com imposto de todos os paranaenses e nunca ressarcida pelo governo federal que a pedagiou é outro exemplo de mancada política. Os governantes chulés da terrinha fugiram das aulas de história e geografia.

Aprendam com o ex-deputado de Dourados, do tamanho de Guarapuava, que fez a Itaipu paraguaia pagar a obra de Porto Murtinho, enquanto que a direção brasileira paga a de Foz, no valor de mais de 1 bilhão de reais – “Com mandato até 16 de maio de 2020, Marun acrescentou que o governo terá que se empenhar muito para que isso aconteça. “Obviamente eu, no conselho de Itaipu, vou trabalhar para que isso aconteça o mais rapidamente possível, para que seja iniciada e concluída esta ponte. Esta obra vai representar um novo momento para nosso Estado, já que vai unir o Atlântico e o Pacífico, através de Mato Grosso do Sul”, frisou.” 

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