Maringá entre as cidades com maior foco de atividade de covid-19

Maringá está entre os cinco principais focos de atividade de covid-19 no Paraná, e, portanto, entre as áreas com maior probabilidade de ter ou vir a ter atividade alta de novo coronavírus. A informação está no mais recente relatório do Núcleo de Métodos Analíticos para Vigilância em Epidemiologia (Mave), das fundações Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Getúlio Vargas.

O relatório, que avalia o risco de espalhamento da covid-19 e avaliação da vulnerabilidade socioeconômica por estado, no Paraná relaciona Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá e Londrina. O documento também identifica municípios com maior contingente de população idosa e disponibilidade de leitos por macrorregião de saúde.

O terceiro relatório do Mave, disponibilizado na quinta-feira, atualizou a análise de padrão esperado de disseminação da covid-19. Os maiores achados são:

• O estado registrou 160 casos confirmados de covid-19 [ontem eram 466], o que corresponde a 13.6 % do registrado na região Sul e 3.44 % do registrado no país.
• Nos últimos 15 dias, foi notificada uma mediana de 9 casos de covid-19 por dia no estado, com o máximo de 27 em um único dia. Há uma tendência de notificação diária inicialmente exponencial, agora constante.
• De acordo com os dados de notificação de casos, os principais focos de atividade de covid-19 no estado, no presente momento, são Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá e Londrina.
• De acordo com o modelo probabilístico, o estado tem nível de vulnerabilidade geográfica alta na região de Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá e Londrina para entrada e circulação geográfica do vírus (na ausência de medidas de redução de mobilidade).
• A(s) áreas com maior probabilidade de ter ou vir a ter atividade alta de covid-19 são: Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Maringá e Londrina.
• De acordo com o Infogripe, a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) está em nível alto considerando o histórico do estado. Para essa época do ano, a SRAG está na zona de risco.

O Núcleo de Métodos Analíticos para Vigilância em Saúde Pública – que também é formado pela Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas – recomenda o reforço na testagem de covid-19, “na medida em que existe uma atividade muito alta de SRAG no Estado”.

“Recomendações de redução do fluxo de pessoas entre municípios e distância social tem impactos distintos na velocidade de disseminação do vírus a partir de um foco específico. Para as cenários apresentados, utilizamos 8 dias como período de infecção típico, e adoção de redução do fluxo intermunicipal em 0% (fluxo inalterado), 30% e 80%. Em termos de
adoção de medidas de distância social em cada município, supomos efeitos que mantém R0 em 2,5 (taxa de interação diária inalterada), e 1,7 (32% de redução). Calculamos a estimativa de tempo até disseminação para cada município a partir de caso índice nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Manaus. Vemos que, para termos um ganho de tempo significativo para ação, é necessária a combinação das duas ações: distanciamento social e redução no fluxo intermunicipal”, diz o relatório, que pode ser conferido aqui.

Passados quatro dias do diagnóstico, o Paraná registrou 12 óbitos pela doença em Cascavel (1), Campo Mourão (3), Cianorte (1), Maringá (2), Santa Fé (1), Londrina (1), Quatiguá (1), Curitiba (1) e Primeiro de Maio (1).

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