‘Ou ele faz política ou ele prega o Evangelho’, diz secretário de Flórida

Ademilson Alves Ribeiro, secretário de Obras, Viação e Serviços Urbanos de Flórida, disse hoje à noite que a confusão envolvendo o padre Paulo Adriano do Amaral Fernandes, não foi motivada por política. O Padre Paulinho, como é conhecido, estaria em pré-campanha eleitoral, embora não esteja afastado da Arquidiocese de Apucarana.

Nos últimos tempos, explica o secretário, o Padre Paulo está deixando no ar que será candidato a prefeito, inclusive fazendo visitas e abordando várias pessoas da comunidade com objetivo eleitoral. O motivo da confusão foi o fato do padre estar usando sua função na Paróquia Santo Antonio de Pádua (foto), e a estrutura da paróquia, para alavancar cenário político favorável.

Segundo Ademilson, o estopim dos questionamentos, enquanto católico, foi o fato do padre se utilizar de carro da paróquia para fazer visita à casa do atual vice-prefeito, Ismael Leoni, para convidá-lo a mudar de partido.

O secretário não nega os questionamentos a respeito da conduta do padre e nega que em algum momento tenha feito qualquer tipo de ameaça, o que pode ser comprovado pelas conversas de aplicativo de mensagens do próprio celular do pároco, “se ele tiver interesse em abrir para os seus fiéis” e para a mídia.

Ademilson Ribeiro diz ainda que que no próprio boletim de ocorrências feito pelo padre Paulo Adriano está escrito que ele “vem recebendo mensagens e ligações desconhecidas, que estão causando incômodo”. Se as ligações são “desconhecidas”, de onde veio a suposição de que seria o sr. Ademilson?

As mensagens enviadas pelo secretário ao padre foram do seu próprio celular, e estão em seu nome, “e se o padre resolver mostrar, todos poderão verificar que nunca existiu nenhuma ameaça”.

Nota divulgada pelo secretário frisa que Ademilson Ribeiro, marido da prefeita Márcia Cristina Dall′ago faz parte da paróquia, frequenta e é dizimista, motivo pelo qual se viu no direito de exigir do padre uma postura séria e definida com relação à direção da Igreja Católica em Flórida: ou ele faz política ou ele prega o Evangelho.

Ao contrário do que o padre relatou a terceiros, o boletim não registra que ele tenha sido chamado “para a briga” pelo secretário. O registro diz que a PM foi solicitada por um soldado de folga e que Paulo Adriano do Amaral Fernandes alegou que nos últimos dias vem recebendo mensagens e ligações desconhecidas e apontou Ademilson como suspeito, pois este passaria de veículo “pela casa onde a vítima reside, ocasionando constrangimento, e gerando receio de algum tipo de agressão”.

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