Jornalistas não podem voltar a Findomundistão

Por Reinaldo Azevedo:

Já defendi aqui, como sabem, que a imprensa parasse de cobrir a pantomima funesta armada em frente ao Palácio da Alvorada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo general Augusto Heleno, chefe do Gabinete da Insegurança Institucional (GII). Folha, Band e Grupo Globo fazem a coisa certa e anunciam que seus jornalistas não mais darão plantão em frente ao Alvorada enquanto não lhes for garantida a devida tranquilidade para trabalhar. Os jornais Correio Braziliense e Metrópoles tomaram decisão idêntica.

É o certo. Demorou! Aquele ritual diário de grosseria e estupidez tinha de ter fim. Digo mais: ainda que o ministro do G(in)SI pusesse homens armados para proteger os jornalistas, tratar-se-ia de um despropósito. A patuscada serve para que Bolsonaro faça embaixadinha para seus fanáticos desocupados, insuflando ele próprio os ataques aos jornalistas.

A propósito: o que fazem lá aquelas pessoas? Não trabalham? Vivem de renda? Estão com a vida ganha? Quem lhes paga a conta? Quando militantes profissionais de esquerda assediavam imprensa, ministros do Supremo ou simples adversários políticos, eu fazia a mesma pergunta. Leia mais.

(Fotos: Marcos Corrêa/PR)

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