Auxílio emergencial: CPFs de servidores públicos municipais podem ter sido usados por quadrilha de golpistas
Se não todos, a maioria dos 566 servidores públicos municipais de Maringá que teriam recebido o auxílio emergencial de R$ 600,00 do governo federal tiveram seus CPFs usados por golpistas.
A revelação feita ontem pelo Tribunal de Contas do Estado de que 10.648 servidores de 388 dos 399 municípios do Paraná podem ter recebido o o benefício, totalizando R$ 7.319.400,00, aponta para a possibilidade de ação de quadrilha especializada.
A desconfiança é de que os números dos CPFs teriam sido obtidos através de empréstimos consignados. Os golpistas tiveram acesso às fichas cadastrais dos servidores. Reforça a tese o fato de que apenas 11 prefeituras de municípios paranaenses não tiveram registro de benefício irregular para servidor.
Em Maringá foram utilizados os CPFs de 566 servidores; em Cascavel, 425; Curitiba, 351; Ponta Grossa, 330; Foz do Iguaçu, 281; e, em Londrina, 258 servidores. A Secretaria de Recursos Humanos de Maringá ainda não se pronunciou oficialmente, mas soube-se que a hipótese de fraude será investigada.
O levantamento foi realizado pelo TCE-PR em conjunto com a Controladoria-Geral da União apontou que os 10.648 servidores podem ter recebido indevidamente o auxílio emergencial do governo federal em decorrência da pandemia da covid-19. “Estamos trabalhando para inibir a realização de novos pagamentos indevidos, estimular a devolução dos valores já recebidos pelos servidores e colaborar com a identificação de possíveis fraudes, por meio da utilização não autorizada de CPFs de servidores por outras pessoas”, afirmou ontem o coordenador-geral de Fiscalização do TCE-PR, Rafael Ayres.
(Foto: Marcello Casal Jr.)
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