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Políticos pró-Bolsonaro vivem verdadeira ‘saia justa’

O deputado estadual Soldado Adriano José, do PV, e o ex-vereador Valdir Pignata, do Cidadania, estão entre os políticos maringaenses que vivem uma situação de constrangimento partidária. Os partidos dos dois defendem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por causa das ameaças autoritárias do atual cenário político nacional.

Partido Verde e Cidadania fazem parte do conjunto de partidos (os outros são PDT, PSB e Rede) que realizarão no dia 18, às 18h30, uma nova edição do “Janelas pela democracia – Impeachment Já”, em defesa do impeachment do presidente. A primeira edição aconteceu no dia 19.

O ex-vereador Valdir Pignata há pouco tempo trocou o PP, onde sempre militou, pelo Cidadania, no que seria parte de um acordo entre os deputados federais Ricardo Barros e Rubens Bueno – que nega qualquer combinação. Pignata é pré-candidato a prefeito pelo Cidadania, mas em março participou de manifestação contra o Congresso Nacional e o STF e de apoio ao partido que o presidente tenta formar, o Aliança pelo Brasil.

O deputado estadual Soldado Adriano José, do PV, elegeu-se com o discurso bolsonarista, formando dupla com o Sargento Fahur (PSD), deputado federal mais votado do Paraná. Também em março ele participou de ato público pró-Bolsonaro, e gravou vídeo chamando opositores, supostamente petistas, de “escrotos”.

Já o deputado estadual Homero Figueiredo Lima e Marchese (foto abaixo), que antes da eleição de 2018 fazia críticas a Jair Bolsonaro e depois passou a elogiá-lo, está filiado ao Pros – que em 2018 apoiou Fernando Haddad, na coligação com o Partido dos Trabalhadores, para presidente da República. Foi do diretório nacional do Pros que ele recebeu, inclusive, a maior parte dos recursos (18,26%) que gastou na campanha.

Além disso, o parlamentar também tem o controle local do Movimento Brasil Livre, que o elegeu vereador em 2016. O MBL também está alinhado com o impeachment de Bolsonaro. O comando do Aliança pelo Brasil, quando consolidado, já teria sido lhe prometido pelo deputado federal londrinense Filipe Barros (PSL). Não se sabe qual postura o ex-vereador de meio mandato adotará na campanha deste ano.

O maior nome nacional do partido de Homero Marchese é o ex-presidente Fernando Collor de Mello (AL), que esta semana afirmou que Bolsonaro “flerta com um regime fascista”.

“Ele (Bolsonaro) convive com aquelas faixas que pedem o fechamento do congresso e Supremo Tribunal Federal. O atual presidente flerta com um regime fascista. Acho que ele não tem isso formatado na cabeça, não tem o conhecimento histórico do que se trata, mas o método que ele está colocando em prática leva inexoravelmente a um regime fascista”, afirmou Collor durante live com a jornalista Joyce Pascowitch. “O governo está descontrolado”, afirmou Collor.

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