Nível do rio Ivaí é o mais baixo em 38 anos

A falta de chuvas reduziu a vazão de diversos rios, como o Ivaí, Paraná, Uruguai e Iguaçu, mas no caso do rio Ivaí a interferência humana também contribui para potemncializar os efeitos da estiagem.

É o que mostram pesquisas feitas por geógrafos do Grupo de Estudos Multidisciplinares do Ambiente da Universidade Estadual de Maringá.

Segundo o geógrafo Eduardo Morais, pesquisador do Gema e especialista em Geomorfologia Fluvial – estudo de formas, processos e evolução da paisagem fluvial -, na região de Maringá o rio Ivaí apresenta valores de vazões mínimas desde o início do ano, com agravamento no final de março, com o início da nova estação.

A última vez que isto ocorreu durante o outono com intensidade parecida foi há 38 anos. “O nível baixo atual do rio durante o verão e o outono não é comum, há registros de comportamento similar nos anos de 1978 e 1982”, ressalta.

Ele ainda explica que há estudos que apontam que em algumas localidades da bacia hidrográfica as condições ambientais durante os períodos críticos das décadas de 1970 e 1980 eram piores que as condições atuais. As pesquisas que estão sendo desenvolvidas poderão elucidar a diferença entre estes eventos e a caracterização da duração, intensidade e o significado do nível atual do rio Ivaí. Acima, o rio na região de São Jorge do Ivaí. (C/ Crea-PR)

(Foto do Geógrafo Eduardo Morais)

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