Curiosos atrapalham socorro; alguns hostilizam bombeiros

O Corpo de Bombeiros de Maringá está preocupado com os curiosos que atrapalham os atendimentos realizados pela corporação. “Eles se tornam ruído que tomam a atenção de um bombeiro militar que poderia estar focado na vítima, causando prejuízo ao cenário já difícil”, informou o Comunicação Social do 5º Grupamento de Bombeiros, que ontem pediu a ajuda da imprensa no sentido de conscientizar sobre o fato, que em alguns casos chega a ser crítico.

Cruzamento de informações sobre vídeos retirados das redes sociais com o registro também do Samu 192 mostrou por exemplo que em 31 de maio, um domingo, das 18h13 às 19h38 o Corpo de Bombeiros Militar em Maringá recebeu chamados para várias ocorrências graves, “que empenharam extraordinariamente todas as viaturas, quer sejam caminhões ou ambulâncias. Foram atendidos um incêndio em residência em Sarandi; uma colisão entre automóveis em Marialva com 3 vítimas, com envio de apoio de Maringá; uma colisão entre moto e bicicleta em Paiçandu com vítima inconsciente; uma colisão na PR-323, em Paiçandu, entre um automóvel e um caminhão, com vítima inconsciente, presa às ferragens”.

Continua a mensagem do CB; “Todos esses atendimentos, por serem graves, implicaram no despacho de recursos tanto do Corpo de Bombeiros, quanto do Samu 192 Norte Novo, que paralelamente também estava com seus outros atendimentos de ordem clínica e traumática.

Não bastasse o cenário já atribulado, às 19h38, houve mais um importante acidente. Tratou-se da colisão entre um automóvel que trafegava na contramão da avenida Colombo, debaixo do viaduto com a Guaiapó, que atingiu uma motocicleta, gerando ferimentos gravíssimos aos motociclistas, e com princípio de incêndio no automóvel. Nesse caótico quadro, a única viatura disponível naquele momento era um caminhão, que estava concluindo seu reabastecimento de água após o término do incêndio de Sarandi. E, antes de continuar, é indispensável consignar: não somos amadores.

O caminhão despachado ao local é uma viatura para combate a incêndio e também resgate. Seus tripulantes são bombeiros militares, profissionais, treinados, que também trabalham em ambulâncias, e são preparados para intervenção pré-hospitalar. Em uma ocorrência como esta, com vítima inconsciente, o que a literatura indica é: garantir que hemorragias graves sejam controladas no menor tempo possível, e assegurar que a via aérea esteja desobstruída especialmente em razão do relaxamento de língua, sob pena de causar agravo ao quadro da vítima. Portanto, a viatura despachada, além de ser a única disponível, estava tripulada por profissionais treinados, que tinham o objetivo de assegurar a sobrevida das vítimas até a chegada dos demais recursos, garantir a segurança do local a fim de evitar novos acidentes, e controlar o incêndio que o solicitante informou na ligação de emergência.

Ocorre que curiosos hostilizaram os bombeiros militares da primeira viatura. Com frases “por que vieram de caminhão?” ou “Vocês tinham que vir de ambulância”, as pessoas gritavam criando caos ao cenário já difícil. Não obstante as verbalizações, ao fim do atendimento foi registrado o furto de três cones de sinalização”.

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