O Brasil tem se destacado mundialmente com a safra de raposas políticas que são desmascaradas diariamente nos jornais impressos, eletrônicos e televisivos. Hoje acordamos com a notícia de que um ex-assessor político de um colarinho branco havia sido preso, e a novela se repete. Mudam os personagens, mas não o enredo que é sempre o mesmo gênero, “corrupção”.

Com 10 anos atuando próximo a política, arrisco um palpite, a defesa será pautada em cima de “perseguição política”, “prisioneiro político” ou como sempre a culpa será do “repórter”.

Com as eleições municipais chegando a população tem a oportunidade de começar a mudar a realidade política do maior para o menor, pesquisando a vida antecedente dos que serão escolhidos para administrar a cidade. São esses que futuramente irão apoiar os que governam o estado e o país nas próximas eleições.

Basta um pente-fino na vida do candidato, de seu patrimônio antes de entrar para a política e das empresas que estão ligadas a ele, mesmo que indiretamente por parentes ou terceiros, ou ir mais a fundo se este mesmo concorre a reeleição, pesquisando o site do município, especificamente no porta da transparência fazendo uma análise dos empenhos gastos através do dinheiro público, pois na maior parte dos municípios os vereadores não o fazem.

É preciso que a população façam essas buscas por si, que tenham iniciativas próprias e parem de esperar pela imprensa e Ministério Público para que os argumentos da culpa dos jornalistas parem de ser desculpa das mazelas de políticos que entram para a vida pública apenas para enriquecer e apadrinhar os seus. É preciso que a nação faça por merecer suas escolhas políticas. Nunca foi tão necessário que o Ministério Público guarde pela democracia e pelo bem público como está sendo, um jornalista é apenas uma pessoa comum, tanto como milhares de brasileiros, que se tomarem o bastão da vigilância e fiscalização dos órgãos públicos, com certeza farão uma revolução.

Ao escolher os futuros prefeitos, se atentem em votar também nos futuros vereadores não por dó a sua realidade financeira, ou por ajudas financeiras, cestas básicas e dentaduras, mas aos que tenham capacidade realmente de fiscalizar o poder Executivo com real compromisso aos que o elegeram. No Brasil se analisarmos a maioria do Legislativo que faz base a um prefeito na câmara está ali apenas para “passar o pano” e receber engodos para votarem projetos favoráveis ao Executivo que muitas das vezes apenas vão ao encontro dos grupos ligados ao poder, e que nada favorecem a população de fato.

Espero que meu texto venha de encontro aos eleitores de fato, e que não seja apenas palavras jogadas ao vento, porque continuar votando errado e depois esperar o milagre de um herói salvador não irá mudar a vida do brasileiro, apenas irá protelar o sofrimento de um povo que precisa de política pública que traga a mudança necessária para um país que está aprendendo a andar nos passos da democracia.

(*) Willian Faria é jornalista em Nova Londrina

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