“Un negacionista de la pandemia que odia Argentina llega a la OEA” é o título de reportagem do jornal Pagina 12, de Buenos Aires, publicada na quinta-feira, sobre o novo secretário de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos, o advogado Arthur Bragança de Vasconcellos Weintraub, conselheiro do presidente Jair Bolsonaro, “racista confesso”.
O texto de Sergio Kiernan diz que Arthur Weintraub era notório antes de entrar no atual governo por explicar em suas aulas de direito atuarial que os indígenas não são pessoas e que os chineses não entendem o conceito de direito. O coronavírus deu-lhe uma plataforma maior para vociferante contra a “conspiração globalista” dos “ultramilionários” e da esquerda internacional.
Arthur Weintraub é o irmão mais novo do notório Abraão, ex-ministro da Educação de Bolsonaro e agora diretor do Banco Mundial que não conseguia escrever duas frases sem cometer erros ortográficos e que tentava incentivar os alunos a filmar seus professores “para garantir a qualidade de suas aulas”. Os irmãos definem os antigos pursenaristas e orgulhosamente lembram que eram seus conselheiros até antes da campanha presidencial.
O uruguaio Luis Almagro é secretário-geral da OEA desde 2015, tendo sido chanceler no segundo governo de José Mujica. Weintraub é o terceiro brasileiro que Almagro nomeia em seu gabinete sete secretários. Os dois primeiros foram indicados pelos governos de Dilma Roussef e Michel Temer, e agora é a vez de Bolsonaro, que talvez por ser a área de direitos e igualdade esteja enviando sua “tocha humana”. O apelido de Weintraub reflete sua completa falta de moderação e seu hábito de aumentar a tensão em qualquer negociação. Leia mais.