Barros ataca Constituição e é chamado de golpista

O maringaense Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, foi uma das manchetes do Jornal Nacional de hoje, por conta dos ataques à Constituição de 1988. Lembrou a fase “Cala a boca, Magda!”, dos tempos em que era ministro da Saúde de Michel Temer e era notícia pelas bobagens que defendia.

No Brasil, juristas e políticos criticaram o ataque do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, à nossa atual Constituição – que foi criada por uma Assembleia Nacional Constituinte depois do encerramento da ditadura militar. O ministro aposentado do Supremo Carlos Velloso considerou a proposta um golpe.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, do Progressistas, falou em um evento virtual organizado pela Academia Brasileira de Direito Constitucional. Ele disse que o Brasil está em situação ingovernável e deveria seguir o exemplo do plebiscito do Chile e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para escrever uma nova Constituição.

“Eu, pessoalmente, defendo nova Assembleia Nacional Constituinte. Acho que devemos fazer um plebiscito, como fez o Chile, para que possamos refazer a Carta Magna e escrever muitas vezes nela a palavra deveres, porque a nossa carta só tem direitos e é preciso que o cidadão tenha deveres com a nação”, disse Ricardo Barros.

O ministro Carlos Velloso, que também presidiu o Supremo, disse que é um “golpe” defender agora uma assembleia constituinte”.

“Em síntese, seria um golpe de estado porque não se muda a Constituição ao sabor da vontade das pessoas. Não. A Constituição foi feita para durar”, declarou. Veja a reportagem na íntegra.