O professor Wilson de Matos Silva, 73, que foi filiado ao PSDB por 25 anos (deixou o partido em junho passado), doou R$ 170 mil a 19 candidatos a prefeito e a vereador. Entre os beneficiados estão políticos do PP, PSB, PL e até do Pros e PT, partidos que em 2018 apoiaram para presidente o petista Fernando Haddad, embora Wilson seja assumidamente antipetista.
Proprietário da Unicesumar, ele foi suplente de Alvaro Dias entre 2007 e 2014 e chegou a assumir como senador em duas ocasiões. Matos que chegou a dizer em discurso público, ao lado do ex-governador Beto Richa, que o Brasil tem três dias da Independência: 7 de setembro de 1822, 31 de março de 1964 (data do golpe militar) e 12 de maio de 2016, quando Dilma Rousseff foi tirada do Palácio do Planalto via impeachment.
Apesar disso, ele doou R$ 20 mil a candidatos petistas: R$ 10 mil a Carlos Mariucci (candidato a prefeito), R$ 5 mil ao vereador Mário Verri (candidato à reeleição) e R$ 5 mil a Carlos Emar Mariucci Junior, que estreia como candidato a vereador.
Para o deputado estadual Homero Figueiredo Lima e Marchese, do Pros, ele doou R$ 40 mil. O mesmo valor foi doado ao também deputado estadual Dr. Batista, do Democratas. Ele fez doação em dinheiro, portanto, para três dos 13 candidatos a prefeito.
Treze dos 14 vereadores candidatos a reeleição receberam R$ 5 mil do dono da Unicesumar, que filiou-se ao PSDB em 1995, tendo presidido o partido por vários anos em Maringá. Enquanto Mário Hossokawa (PP), presidente do Legislativo, recebeu R$ 10 mil, os demais receberam R$ 5 mil: William Gentil (PSB), Odair Fogueteiro (PDT), Luiz Carlos Pereira (PP), Belino Bravin (PSD), Flavio Mantovani (Rede), Sidnei Telles (Pode), Jean Marques (Pode), Alex Chaves (MDB), Jamal (PSB), Altamir dos Santos (Pode) e Onivaldo Barris (PSL). Apenas um vereador não recebeu: Professor Niero (MDB).
Ainda foram contemplados com doação de Wlson de Matos Silva o odontólogo Wesley Falcão Tuler (PSL) e o ex-vereador João Batista da Silva (PL).
Confira abaixo o discurso em que o ex-suplente de senador fala que o golpe militar e o impeachment de Dilma Rousseff também foram dias da independência para o Brasil: