Ex-candidato a deputado, acusado de espancar angolanos em Maringá, é alvo do MP por violência doméstica e racismo
O repórter Lucas Rocha, do site Metrópoles, publicou ontem matéria intitulada “Bolsonarista que espancou angolanos em Maringá é alvo do MP por violência doméstica e racismo”. A matéria foi repercutida por vários sites, como Brasl 247.
O texto refere-se a Nilson Roberto Pessutti Filho, conhecido como Soldado Pessuti, que foi candidato a deputado federal em 2018. Em 2016, ele teria dado um soco na cara da ex-esposa; em 2017, gravou um vídeo humilhando haitianos. Pessutti foi expulso da Polícia Militar do Paraná após condenação por indisciplina em 2018.
Esta semana ele gravou um vídeo em que faz ameaças a angolanos que foram retratados de um disque cerveja, desacordados, após um “mata-leão”. No vídeo gravado esta semana, após o evento que gerou repúdio na cidade, ele diz aos angolanos: “‘Vocês vão ver o satanás”. Ele teria seguido os angolanos após as cenas de agressão.
Este ano ele foi denunciado por agressão à ex-esposa. Assinada pela promotora Carla Cristina Castner Martins, a denúncia relata que durante o ato de agressão contra a ex-mulher o homem “desferiu-lhe um soco na face, atirou-lhe para fora do veículo e, ato contínuo, desferiu-lhe coronhadas na cabeça, causando-lhe lesões corporais de natureza leve consistentes em: ‘escoriações em região malar esquerda’”.
O ex-soldado poderá ser indiciado agora por xenofobia, já que esta não é a primeira vez que tem este tipo de reação a migrantes negros. Em 2018 ele gravou vídeo para falar de haitianos e diz, em certo trecho: “Não pode entrar qualquer um aqui. Achar que pode fazer o que quiser. Esse país é nosso. Não é de político corrupto, não é de haitiano, não é de Angola… Não é de ninguém. É nosso. É do brasileiro”. Leia aqui.