Prevalece o fisiologismo e a velha política

O editorial de hoje do GZH (Zero Hora), de Porto Alegre faz referência ao deputado Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, que criticou órgãos de controle como Ministério Público, Tribunal de Contas da União e Controladoria-Geral da União, o que ele batizou de “apagão das canetas”.

“A declaração de Barros lamentavelmente mostra que, para um número razoável de legisladores, à frente da tarefa inadiável de solucionar os graves entraves ao desenvolvimento do Brasil estão os seus interesses paroquiais, voltados a agradar a seus currais eleitorais. Isso não significa, ressalte-se, que essas obras ou projetos não tenham importância regional. Têm. Mas, no momento em que o país atravessa anos sucessivos de recessão e baixíssimo crescimento, com riscos fiscais iminentes, deveria existir um mínimo de espírito público e compreensão da encruzilhada em que o Brasil se encontra. Infelizmente prevalece o fisiologismo e a velha política que o presidente Jair Bolsonaro disse que enterraria, mas acabou sendo a sua boia salva-vidas quando sentiu-se acuado”, diz trecho do editorial.