Pedágio: deputados falam em mobilização popular

Os deputados da Frente Parlamentar dos Pedágios da Assembleia Legislativa estão botando a boca no trombone com o anunciado “modelo híbrido”, o preferido do governo federal, ao invés da escolha pelo menor preço da tarifa. “Ou o povo se mobiliza agora ou teremos mais 30 anos de pedágio abusivo no Paraná”, afirmou o vice-coordenador Evandro Araújo (PSC).

Já o coordenador, Arilson Chiorato, apresentou projeto que exige a autorização prévia da Assembleia para novas concessões, além de consulta popular para aprovação das mesmas. “Não podemos aceitar a imposição de um novo contrato de pedágio. A Assembleia e a população precisam ser ouvidas. Chega de autoritarismo e de agrados ao Ratinho e Bolsonaro”, disse o deputado (leia mais).

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) alertou que o Paraná corre o risco de cometer os mesmos erros do passado, em relação à licitação para a concessão das rodovias do Estado. “O passado nos traz uma advertência e mostra que concessão onerosa não funciona”, diz. O alerta foi feito durante a audiência pública da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). “Sem chance”, disse ao se referir ao modelo híbrido de licitação, proposto pela União, em detrimento ao de tarifas mais baixas com o maior volume de obras. “No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o governo federal adotou o modelo de tarifas mais baixas, com redução significativa do preço do pedágio. Queremos o mesmo tratamento para o Paraná”, reforça.

Pelo modelo híbrido, vence a licitação o concorrente que apresentar o menor percentual de desconto, mas que pagar o maior valor de outorga ao governo federal. Romanelli explica que, dessa forma, será cometido o mesmo erro do passado, desta vez, com volume e prazo maior de rodovias pedagiadas, que seria de 30 anos. “Vamos mobilizar toda a sociedade e apresentar à população paranaense os estudos em torno do tema e os passos que serão dados até o início das novas concessões. Exigimos transparência em todos os processos referentes ao pedágio no Paraná”, defende.