As duas manifestações programadas para hoje contra o decreto municipal que restringiu as medidas contra a pandemia em Maringá não aconteceram. A primeira, do Sindicato das Empresas do Comércio Estabelecido em Shopping Centers de Maringá, estava marcada para as 10h, defronte o paço municipal. Às 14h aconteceria, no mesmo lugar, o protesto da Havan, do empresário Luciano Hang.
Ao mesmo tempo, nas redes sociais, começou um movimento de boicote aos supermercados Angeloni e Muffato, que obtiveram na justiça liminar para continuar vendendo bebidas alcoólicas após as 17h, e aos comerciantes que se colocam contra as novas medidas, tomadas durante aumento exponencial dos casos de covid-19 em Maringá.
Ontem, em Curitiba, em primeira e segunda instâncias foram negados pedidos da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – seccional Paraná, que questionou o Decreto Municipal nº 1600/2020, que suspendeu o funcionamento de “casas de festas, de eventos ou recepções” em Curitiba. O ato normativo foi publicado no dia 27 de novembro para reforçar as medidas de combate à pandemia da covid-19 na capital do Paraná – a cidade está em “situação de Risco Médio de Alerta – Bandeira Laranja”, assim como Maringá.
No processo, a associação argumentou que o ente público, ao proibir a realização de eventos, pode causar graves problemas para os empresários do setor e para seus clientes. “O ato prestigia a defesa da coletividade em detrimento dos interesses de determinados segmentos da atividade econômica, e isso por prazo certo, tanto que o Decreto tem vigência por sete dias e dele consta claramente a possibilidade de as medidas poderem ser revistas a qualquer tempo, a depender da situação epidemiológica do Município”, ponderou a juíza substituta em 2º Grau responsável pela ordem.