Maradona foi ‘um Pelé’, na morte

Costuma-se se dizer que alguém é ‘um Pelé’ na sua atividade  quando é muito bom, um craque. Assim um médico conceituado pode ser chamado o ‘Pelé da medicina’, e por aí a fora.

Pelé, segundo a quase totalidade dos especialistas, foi o maior jogador de futebol, até o momento, e acredita-se que dificilmente será superado, embora para muitos argentinos, Maradona e mesmo Messi, estariam  no mesmo nível ou até superior ao brasileiro.

A morte de  Maradona causou uma comoção na Argentina e rendeu horas e horas no rádio e na TV, no Brasil e provavelmente em todo o Planeta,  com manifestações  tratando-o como um ser especial neste sentido justifico o título do artigo: ‘ um Pelé, na morte’.

 Galvão Bueno, por exemplo, lembrou que na copa de 86, ao narrar um de seus gols disse que ele não era desse Planeta,querendo afirmar  que se tratava de um ser especial. Seria Maradona, um ser humano diferente, que veio de outras galáxias? Um gênio? Um privilegiado  com dom especial para jogar futebol como poucos, dentre os quais poderíamos citar, além  Pelé, Garrincha, Messi, Cristiano Ronaldo… ou outros grandes artistas em todas as áreas da cultura?

Talvez Maradona e os demais citados sejam mesmo de outro Planeta, assim como eu e você, caro leitor, podemos ser, pois  a Terra, segundo informações do Livro Exilados de Capela, recebeu um grande número de Espíritos, vindos de fora que constituíram a chamada raça adâmica.

A  palavra adâmica, forma feminina de adâmico, que nos veio do latim Adam, ‘Adão’. Trata-se de um adjetivo relativo a Adão, que seria, segundo a tradição bíblica, o primeiro homem a povoar a Terra.Segundo os ensinamentos espíritas, foi uma dessas colônias de Espíritos, vindos de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por essa razão, chamada raça adâmica.

Quando eles aqui chegaram, nosso planeta já estava povoado desde tempos imemoriais, do mesmo modo que se deu com a América, quando aí chegaram os europeus. Adão não pode ser, portanto, considerado o pai da espécie humana. Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste planeta, a raça adâmica foi, sem nenhuma dúvida, a mais inteligente e a que impeliu ao progresso todas as outras.

O livro de Gênesis mostra-a, desde os seus primórdios, industriosa e apta às artes e às ciências, o que indica que os Espíritos que a integravam não passaram pela infância espiritual em nosso globo, pois – comparando-os com os povos primitivos – tais Espíritos já haviam progredido bastante.

De fato, segundo o Gênesis, Adão e seus descendentes, desde a segunda geração, tinham habilidades pertinentes à construção de cidades, ao cultivo da terra, ao trabalho com os metais, e foram rápidos e duradouros seus progressos nas artes e nas ciências.

Apesar da inteligência desenvolvida, a raça adâmica apresentava, contudo, todos os caracteres de uma raça proscrita. Os Espíritos que a integravam foram exilados para a Terra, já povoada de homens primitivos, imersos na ignorância, que os imigrantes tiveram por missão fazer progredir, levando-lhes as luzes de uma inteligência desenvolvida.

Ensina o Espiritismo que a espécie humana não começou por um único homem e que aquele a quem chamamos Adão existiu realmente, mas não foi o primeiro nem o único a povoar a Terra.

Kardec indagou aos Espíritos Superiores: “Em que época viveu Adão?” Eles responderam: “Mais ou menos na que lhe assinais: cerca de 4.000 anos antes do Cristo” (O Livro dos Espíritos, item 51).

O grupo de pessoas simbolizado na figura de Adão – chamada raça adâmica – foi, com efeito, o mais inteligente que se encarnou na Terra vindo de outros planetas, e foi ele que impeliu ao progresso todos os outros.

Gênesis no-lo mostra, desde seus primórdios, industrioso, apto às artes e às ciências, o que mostra que tal grupo de Espíritos não passou na Terra pela infância espiritual, diferentemente do que ocorreu com os povos mais antigos e primitivos. Tudo, segundo Kardec, está a provar que a raça adâmica passou a habitar a Terra há poucos milhares de anos, o que não estaria em contradição com os fatos geológicos, nem com as observações antropológicas, antes tenderia a confirmá-las.

De fato, Caim e Abel tinham habilidades desconhecidas dos homens primitivos, como o uso da terra para plantio e o pastoreio. Caim conhecia também a arte da construção de casas e cidades, uma conquista do período neolítico, porque antes dele os homens da Terra viviam em cavernas. Foi, porém, somente no período neolítico – entre os anos 5.000 a.C. e 2.500 a.C. – que surgiu na Terra o pastoreio, seguido do cultivo da terra, e o homem passou de caçador a pastor e a habitar em casas.

Se, conforme relata o livro de Gênesis, Caim cultivava o solo e seu irmão Abel era pastor, a data indicada pelos Espíritos a respeito da época em que viveu Adão é perfeitamente compatível com os registros históricos.

Como o povoamento da Terra se iniciou em épocas bem mais recuadas, fica evidente que não descendemos dos pais de Abel e Caim, mas de outros ancestrais que viveram muitos séculos antes da chegada aqui da raça adâmica, ou somos (eu, você, Maradona…) adâmicos

Voltando ao título, Maradona (também Pelé) é só um ser humano normal, que pelas vias da pluralidade da existência-reencarnação, veio na existência que se  findou, com um dom diferente de nós, os ‘simples mortais’, mas nada teve de especial, em comparação com médicos, professores, garis, e outros profissionais, tão importantes para a humanidade quanto ele.

Errou, errou muito, foi mau exemplo para jovens e merece muito mais críticas que homenagens. Certamente desperdiçou grande oportunidade de avançar na corrida evolutiva, da qual estamos todos participando, queiramos ou não.

Longe de ser um mito, um ser privilegiado, Diego Armando Maradona foi só um ser humano, que pode, repito, ter vindo de outro Planeta, como um membro da raça adâmica, como tantos outros.