Aliado de Bolsonaro no PR é preso sob suspeita de corrupção

O vereador Ricardo Zampieri (Republicanos), aliado de Jair Bolsonaro no Paraná, foi um dos presos em uma operação do Ministério Público Estadual em Ponta Grossa para combater possíveis crimes de corrupção, fraude a licitação e tráfico de influencia entre empresários, servidores e vereadores. A informação é de Guilherme Amado, na Época.

A investigação aponta uma possível prática de manipulação e corrupção de vereadores na CPI tocada pela Câmara Municipal para apurar as licitações envolvendo a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município. Zambieri era o presidente da CPI. Zampieri ficará preso temporariamente, por cinco dias, por ordem da Justiça.

Segundo o site oficial do MP, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Saturno, que investiga possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, fraude a licitação e tráfico de influência supostamente praticados por empresários, servidores públicos e vereadores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

Investigações conduzidas pelo Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco identificaram possíveis ilegalidades na contratação de empresa pela Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município para a implantação e operação do Estar Digital (estacionamento rotativo) e para a compra de softwares pela Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), entre os anos de 2016 e 2020. Também é objeto de apuração a possível prática de manipulação e corrupção de vereadores na Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara Municipal para apurar os processos licitatórios que resultaram nas contratações.

Os alvos das prisões preventivas foram quatro empresários e overeador (relator da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara sobre o assunto). A prisão temporária, por cinco dias, foi decretada contra o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito de Ponta Grossa e contra um vereador, que atuava como presidente da CPI.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (gabinete do secretário-geral de Administração), na Câmara Municipal (gabinete de cinco vereadores que integram a CPI), na Autarquia Municipal de Trânsito, na sede de três empresas e em 16 residências (de empresários e servidores públicos). Dos 22 mandados, 18 são cumpridos em Ponta Grossa e quatro em Curitiba. Todos foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa.