Sem autonomia em biotecnologia, o Brasil vira refém

Trecho do artigo de Carlos Roberto Prudencio, pesquisador do Instituto Adolfo Lutz, na Gazeta do Povo:

“Uma nação quando não possui autonomia em biotecnologia na área da saúde fica dependente das vontades alheias de outros países. As consequências negativas na condução da pandemia pela falta de ação prática dos agentes públicos foram claramente evidenciadas.

Tais atitudes apresentaram consequências determinantes na vida da população e por conseguinte em nossa economia e assim, evidenciando o quanto estamos dependentes de tecnologias estratégicas externas.

A Índia e Coreia do Sul, entre outros países, entenderam isso muito bem alguns anos atrás e na pandemia estão conseguindo minimizar seus efeitos. O Brasil está em uma situação crítica, pois não tem conseguido nem reproduzir tecnologias que nos foram transferidas em razão da grande dependência dos insumos biotecnológicas essenciais para a reconstituição das vacinas. Temos que conciliar ciência e inovação e ambas têm gargalos crônicos que impedem o nosso desenvolvimento e soberania”.

(Foto: Gilson Abreu/AEN)