Quando achamos que nada mais vai nos chocar com a amoralidade do Capitão “Gripinha” e do General “Cloroquina” (o do tratamento precoce), surge uma nova aberração: o Coronel (“amola-faca”), substituto do General Pesadello vem de afirmar, em declaração oficial, que a culpa pela vergonhosa e criminosa falta de vacinas contra a covid-19 é do Butantan, do Dória!
Não há palavras para descrever tamanha insolência, pois, como é sabido de todos, os milhares de agentes de saúde, diretamente envolvidos no combate à pandemia (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas etc.) e os idosos maiores de 85 anos e aqueles em abrigos, de todas as idades, só foram vacinados – alguns já com a segunda dose – graças a vacina do Instituto Butantã e de Dória. Se tivéssemos dependido do governo Bolsonaro, os profissionais de saúde e os idosos estariam, ainda hoje, na expectativa de serem vacinados, correndo sérios riscos de adoecer e à mercê do terrível vírus, uma vez que os míseros 2 milhões de vacinas da AstraZeneca Oxford seriam absolutamente insuficientes para se alcançar os níveis (ainda pífios, é verdade) até agora alcançados. Precisamos urgentemente de um ministro de Saúde e de que o tempo flua depressa para que, em 2022, possamos eleger (para ter!) um novo e verdadeiro presidente da República, digno desse nome e da distinção de tão elevado cargo.
A ironia em relação aos nomes não é um desrespeito às pessoas e aos cargos que ocupam, mas um desabafo por ver e ouvir, diariamente, tantos atos insanos e tão estapafúrdias afirmações dos membros do atual governo do país, notadamente – mas não só – na área da saúde.