Vendo esta notícia,  informando a morte de Ademir Mulon, relembrei que em 1970 fizemos treinamento juntos para o Censo daquele ano, no cargo de supervisor censitário.

Mulon era um jovem funcionário público da Prefeitura de Cruzeiro do Sul e da jurisdição da agência do IBGE de Mandaguaçu. Eu trabalhei em Ourizona, ele em Cruzeiro do Sul, e lembro ainda do Alaor Gregório, filho do então prefeito de Paranapoema e escolhido para aquele município. Alor, depois bem mais tarde, viria  ser comissionado da Câmara de Maringá, na gestão John. José Nilton de Jardim Olinda, que se tornou meu colega de Banco do Brasil, Jaime em São Jorge do Ivaí, meu Tio Jovelino Lopes em Mandaguaçu, formamos o time no comando do Censo/70, Bons tempos, boa remuneração, sai do Escritório Mercúrio onde ganhava  100 cruzeiros novos para receber NCZ$ 400,00. 

Voltando a falar de Ademir Mulon, que foi prefeito por quatro vezes da cidade que adotou, vindo do Estado de São Paulo, como eu, foi mais uma vítima, como tinha sido há pouco tempo sua esposa, deste terrível coronavírus. São 51 anos, desde que nos conhecemos e nunca mais nos falamos. Para ele o fim da longa estrada da vida chegou, como para tantos e tantos. Outros lutam bravamente para sobreviver, como alguns amigos nossos. Mulon até 31 de dezembro era o prefeito, a maior autoridade da pequena Cruzeiro do Sul e, dois meses depois, uma das mais de 260 mil vidas perdidas para a covid-19. Triste, muito triste, assustador. Cuidemo-nos, porque se dependermos do Bolsonaro… Que falta de sensibilidade, de empatia! Como pode uma pessoa ser assim, depois da experiência de quase morte, como no caso da facada? E agora essa compra da mansão pelo filho das rachadinhas’? 

Paz, caro Ademir Mulon.  Vida que segue, aí também, logo compreenderá.  Que a atuação na vida pública, como prefeito não lhe tenha deixado marcas negativas que apareceria fatalmente agora. Seja como for, terá oportunidade para avançar.  Para você e sua esposa, nossas vibrações para rápida adaptação à nova existência.