O populismo nas mãos de autoritários e perigosos
Saiu esta semana o audiobook (em inglês) do livro “Populista! A Ascensão do Homem Forte do Século XXI da América Latina“, de Will Grant, lançado em janeiro, que traz na capa Jair Bolsonaro e Hugo Chávez. “Um livro ambicioso, fascinante e essencial que tem muito a nos ensinar sobre a história recente desta região, e sobre o impulso humano em direção ao populismo que continua a moldar o mundo”, resumiu Ben Rhodes, autor do best-seller de O Mundo Como É, a respeito da obra de Grant, ex-BBC, especialista em América Latina.
Apesar de estar na capa, Bolsonaro não é um dos cinco líderes perfilados. São analisados os perfis do boliviano Evo Morales, o equatoriano Rafael Correa, o venezuelano Hugo Chávez, o brasileiro Lula e o nicaraguense Daniel Ortega, além do ditador cubano Fidel Castro.
Não é preciso mais do que o release da editora para entender. “Por mais de seis décadas, as palavras de Fidel Castro ecoaram através da política da América Latina. Sua imponente influência política ainda paira sobre a região hoje. O balanço para a esquerda na América Latina, conhecido como “Maré Rosa”, foi o movimento político mais importante do Hemisfério Ocidental no século XXI. Envolveu alguns dos maiores, mais coloridos e mais controversos personagens da América Latina por décadas, líderes que deixariam uma marca indelével em suas nações e que eram adorados e repreendidos em igual medida.
Os partidos tornaram-se secundários aos líderes individuais e o populismo reinou da Venezuela ao Brasil, da América Central ao Caribe, financiado por um aumento nos preços das commodities e pela grandeza apoiada pelo petróleo do carismático presidente socialista da Venezuela, Hugo Chávez. No entanto, dentro de uma década e meia, tudo acabou. Hoje, essa onda de populismo deixou as Américas nas mãos de alguns dos líderes mais autoritários e perigosos desde as ditaduras militares dos anos 1970″. Encerrando, uma frase de Fidel Castro: “Uma revolução é uma luta até a morte entre o futuro e o passado”.