A Associação Comercial e Empresarial de Maringá promoveu uma mesa redonda virtual sobre a pandemia com dois profissionais de saúde. A maringaense Nise Yamaguchi, imunologista especialista em oncologia que chegou a ser cotada para ministro da Saúde de Bolsonaro, deixou de defender o tratamento precoce; agora, o chama de “acolhimento precoce”. O outro entrevistado foi o infectologista Marcelo Burattini (foto), da Escola Paulista de Medicina, que criticou o chamado kit-covid. Para ele, o motor do vírus é quem sai de casa para trabalhar sem se proteger do vírus.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, gravou uma rápida participação, assim como o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, e o deputado Ricardo Barros, líder do governo federal na Câmara Federal e de grande influência na entidade. O evento teve mais patrocinadores do que participantes. Notou-se que os patrocinadores – Hospital da Visão-Provisão, Unicred, Unimed, Santa Rita Humana Saúde e Sicoob – apareciam no vídeo somente quando Yamaguchi, que defende o tratamento precoce, falava. Para profissionais da área que acompanharam a transmissão, o evento foi um fiasco, embora oferecesse a alunos da UEM um certificado de participação clicando-se num link. “Ridículo”, resumiu um deles.

Terminada mesa redonda, diretores da Acim presentes na sede da entidade, de onde o debate foi organizado, participaram presencialmente de um jantar, cujo cardápio incluiu salmão.