‘Falava disso (tratamento precoce) como se fosse médico’

Na manhã de ontem, informa reportagem de José Pìres no site Parágrafo2, o vereador de Curitiba Alexandre Leprevost (foto/SD) fez um discurso emocionado, durante a sessão da Câmara Municipal, sobre a morte de seu pai Luiz Antônio Leprevost, que faleceu no final da noite da sexta-feira, aos 69 anos, por complicações da covid-19. Luiz era empresário e pai também do deputado federal Ney Leprevost, do artista Luiz Felipe Leprevost e de João Guilherme Leprevost. Advogado, empreendedor, ex-diretor do Banestado, da Telepar e da Copel e atualmente vice-presidente da Associação Comercial do Paraná. Ele tratava uma hepatite medicamentosa, contraída possivelmente após o uso de medicamentos sem eficácia para a covid-19, o chamado “kit covid” para tratamento precoce. Leprevost ficou 69 dias na UTI e recebeu alta, mas precisou voltar ao hospital devido à hepatite.

Em seu discurso na Câmara, o vereador Alexandre falou sobre a covid-19 que também adoeceu sua mãe e destacou os perigos do chamado tratamento precoce com remédios que não tem comprovação científica contra o novo coronavírus. “A covid-19 entrou de maneira devastadora na minha família, levando ao mesmo tempo meu pai e minha mãe para a UTI. Deixando os outros familiares em um estado muito sério”.

“Meu pai tinha uma crença ferrenha no chamado tratamento precoce, o qual falava disso como se fosse médico. Tomou cloroquina, ivermectina. Após ser infectado relutou em ir ao hospital. Ficou em home care, com médicos que dizem conhecer como ninguém o assunto, mas na verdade encontraram apenas uma forma de monetizar os seus negócios com o aval do nosso presidente com o tal do tratamento precoce”, desabafou. Leia mais.

(Foto: Reprodução YouTube/CMC)