Para os católicos a missa de sétimo dia pode ser considerada como uma homenagem a uma pessoa que morreu, mas vai além disso. O propósito fundamental é rezar pelo falecido para que sua alma seja acolhida no céu e tenha o descanso eterno.
Nesta quarta feira marcamos, a pedido da nossa amiga Célia, esposa do amigo Edemir Medeiros, o Tabajara, cujo corpo perdeu as condições vitais na última quinta-feira, obrigando-o, prematuramente, retornar ao mundo espiritual.
Como espírita, faço também uma ‘prece de sétimo dia’, adaptada do capítulo XXVIII do ESE, para homenageá-lo estendendo a todos na mesma situação, e com vibrações para a rápida recuperação e entendimento da nova situação na vida:
‘Deus Todo-Poderoso, que vossa misericórdia se estenda sobre a alma Edemir Medeiros que acabais de chamar para vós. Possam ser contadas em seu favor as provas por que passou na Terra, e as nossas preces abrandar e abreviar as penas que ainda tenha de sofrer como Espírito! Vós, Bons Espíritos que viestes receber essa criatura, e vós, sobretudo, que sois o seu Anjo Guardião, assisti-o, ajudando-o a se despojar da matéria. Dai-lhe a luz necessária, e a consciência de si mesmo, a fim de se livrar da perturbação que acompanha a passagem da vida corporal para a vida espiritual. Inspirai-lhe o arrependimento de suas faltas e o desejo de repará-las, para apressar o seu progresso rumo à eterna bem-aventurança.
A ti, Edemir, que acabas de entrar no Mundo dos Espíritos, dizemos: Deixaste o envoltório grosseiro, sujeito às vicissitudes e à morte, e conservastes apenas os envoltórios etéreos, imperecíveis e inacessíveis aos sofrimentos materiais. Se não vives mais pelo corpo, vives entretanto pelo Espírito, e essa vida espiritual está isenta das misérias que afligem a Humanidade. Não tens mais sobre os olhos o véu que nos oculta os esplendores da vida futura. Podes agora contemplar novas maravilhas, enquanto nós continuamos mergulhados nas trevas. Vais percorrer o espaço e visitar os mundos, em plena liberdade, enquanto nós rastejamos penosamente na Terra, presos aos nossos corpos materiais, semelhantes a um pesado fardo. Os horizontes do infinito se desvendarão diante de ti, e ao ver tanta grandeza, compreenderás a vaidade das ambições terrenas, das nossas aspirações mundanas, e das alegrias fúteis a que os homens se entregam.
A morte, para os homens, é apenas uma separação momentânea, no plano material. Do exílio em que ainda nos mantém a vontade de Deus, os deveres que ainda temos de cumprir neste mundo, nós te seguiremos pelo pensamento, até o momento em que nos seja permitido juntar-nos novamente contigo, como agora te reúnes aos que te precederam. Não podemos ir ao teu encalço, mas podes vir até nós. Vem, pois, assim que puder, atender os que te amam e que também amaste. Ampara-os nas provas da vida; vela pelos que te são caros; protege-os segundo as tuas possibilidades; suaviza-lhes as amarguras da saudade, sugerindo-lhes o pensamento de que estás agora mais feliz, e a consoladora certeza de que um dia estarão todos reunidos num mundo melhor. No mundo em que estás, todos os ressentimentos terrenos devem extinguir-se. Que possas, para a tua felicidade futura, permanecer agora inacessível a eles! Perdoa, pois, a todos os que possam ter cometido faltas para contigo, como aqueles para os quais erraste também te perdoam.’
Estendemos esta prece a todos que estão na mesma situação que o Edemir, e são milhares no Brasil e em todo o Planeta. Que cada um faça a sua oração, reza, prece, como quer que queira definir as boas vibrações através de pensamentos edificantes, por todos os seus entes queridos que mudaram de plano, pela morte, falecimento, passagem, qualquer que seja a definição que se dê ao inevitável fenômeno, pelo qual todos, absolutamente todos,deixaremos a existência física atual, mais cedo ou mais tarde.
(Foto: Neosiam 2021)