O blog já tinha antecipado a situação na Penitenciária Estadual de Maringá no final de abril. Hoje, a direção do Sindicato dos Policiais Penais do Paraná recebeu os servidores da PEM, que relataram que os policiais penais do plantão não foram incluídos entre as prioridades da vacinação contra a covid-19 por parte da Regional do Depen em Maringá, pois seus nomes não constam na listagem nominal de servidores a receberem antecipadamente a imunização.

“A medida gerou indignação nos agentes do plantão porque eles são altamente expostos aos riscos da doença pelo ambiente prisional fechado e aglomerado, mas também porque muitos deles trabalham exatamente com os presos isolados por suspeita ou contaminação de covid-19.A falta de transparência na distribuição das vacinas já vem sendo objeto de vários questionamentos do Sindarspen. Desde janeiro, o sindicato vem cobrando o Governo do Estado para a apresentação de um planejamento que considere as peculiaridades da atividade prisional e inclua os servidores penitenciários no rol de prioridades para receber a imunização. A falta de eficiência do Ministério da Saúde na aquisição de vacinas tem gerado uma corrida de várias categorias profissionais vulneráveis em busca de vacinação antecipada”, diz nota publicada pela entidade, acrescentando que o governo paranaense iniciou o processo de vacinação dos servidores da segurança pública no primeiro dia de abril, “porém, passados 42 dias, até o momento apenas 20% dos servidores penitenciários foram imunizados”.