O Céu e Inferno sob outra visão

Um amigo, Paulo Vergueiro, fez uma postagem em sua página do Facebook com questionamentos. Eis a postagem: ‘Com todo o máximo de respeito que eu possa ter para com falecidos e suas famílias, pergunto: Todo mundo vai pro céu? É um tal de dizer que fulano vai brilhar no céu, que ciclano vai alegrar o céu, que no céu beltrano vai intervir…pô!!!!Todo mundo no céu? Não tem portaria? Regras? Parâmetros? Vida vivida…nada? Céu direto?!’
O texto nos leva uma reflexão sobre o oposto do Céu, também, porque aprendemos que há boa possibilidade de irmos para o Inferno, sem contar com o ‘purgatório’, que teria sido criado nos tempos das vendas de indulgências, e buscamos na Doutrina Espírita algumas conclusões para ampliarmos a reflexão: “Céu e Inferno são estados de consciência’, responderam os Espíritos reveladores da doutrina, a Alan Kardec (questão 1.012 do Livro dos Espíritos)
Perguntados se haveria no universo lugares circunscritos para as penas e gozos dos Espíritos, segundo seus merecimentos, os benfeitores espirituais responderam: As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição dos Espíritos. Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça. E como eles estão pôr toda a parte, nenhum lugar circunscrito ou fechado existe especialmente destinado a uma ou outra coisa. Quanto aos encarnados, esses são mais ou menos felizes ou desgraçados, conforme é mais ou menos adiantado o mundo que habitam.
Prosseguiu perguntando, Alan Kardec: De acordo, então, com o que vindes de dizer, o inferno e o paraíso não existem, tais como o homem os imagina? E a resposta foi: São simples alegorias: pôr toda parte há Espíritos ditosos e inditosos. Entretanto, conforme também já dissemos, os Espíritos de uma mesma ordem ser reúnem pôr simpatia, mas podem; mas podem reunir-se onde queiram, quando são perfeitos.” Allan Kardec, a seguir, complementa este assunto dizendo que a localização absoluta das regiões das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe. Provém da sua tendência a materializar e circunscrever as coisas, cuja essência não lhe possível compreender.
Continuando, deixamos à meditação dos leitores algumas indagações: 1-Se Deus é infinito em todas as suas perfeições, é também infinitamente justo. Então, por que predestina Ele algumas almas à eterna bem-aventurança e outras à eterna condenação? Onde a infinita justiça? Se Ele é infinito em todas as suas perfeições, como onisciente tem conhecimento prévio do destino das almas que vai criando, e como presciente sabe que a maior parte delas será condenada à perdição eterna. Por que mesmo assim continua criando? Onde a infinita bondade? 2-Se ele é infinito em todas as suas perfeições, é também onipresente , logo tanto está no céu, contemplando a felicidades dos eleitos, como no inferno, contemplando o sofrimento dos condenados. E como pode ficar insensível a esse sofrimento pôr toda a eternidade? Onde fica a infinita misericórdia?
Três: Se um pecador pode se arrepender dos seus erros durante a vida terrena , por que não poderá fazê-lo depois da morte ? Não vemos nenhuma razão lógica para que não o possa. Então, pôr que Deus, que mandou que perdoemos indefinidamente aos que nos ofendem, e que é tão compassivo para os que ainda se se encontram no plano físico, é tão inflexível com os que já deixaram a Terra? Será a justiça humana mais equânime do que a justiça divina?
A conclusão é que se nem todos vão para o ‘Céu’, de imediato, ninguém ficará no ‘ Inferno’, eternamente, como ensinam algumas doutrinas.
E, como disse Paulo Vergueiro, todo nosso respeito aos que sofreram perdas de entes queridos e quase todos perdemos, se não parentes, amigos, deixamos uma reflexão de Emmanuel, mentor de Chico Xavier: ‘Quando Perdemos um ente querido nos deparamos com a finitude da vida física e com o sentimento de impotência diante da partida de quem amamos e desejamos ter sempre por perto. Um misto emoções se misturam dentro de nós. Sentimentos identificados e descritos, como as fases comuns do período de luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Mas se não podemos evitar esses acontecimentos em nossas vidas, nem mesmo o sofrimento, encontrar o consolo na fé e esclarecimento e conhecimento espiritual diante e um território desconhecido e amedrontador como a morte, significa grande oportunidade de descobrir que a vida continua após a morte do corpo e que a separação dos nossos queridos é apenas temporária.