A lição que vem de Londrina
Maringá, nas administrações Barros (Silvio pai, Ricardo e Silvio II), perdeu a marretadas a fonte luminosa da praça Raposo Tavares, a Estação Ferroviária Municipal e a Estação Rodoviária Municipal Américo Dias Ferraz. A antiga rodoviária de Londrina teve a mesma inspiração da de Maringá, baseadas em linhas arquitetônicas de Le Corbusier, referências de Niemeyer. Só que Londrina não teve administrações da família Barros que, embora pioneira, quase nada fez para a preservação da memória maringaense.
Londrina no entanto agora pode se gabar: a antiga Rodoviária de Londrina, localizada na região central da cidade, se tornou Patrimônio Cultural do Brasil na manhã desta quarta-feira. A informação está no Paçoca com Cebola. O tombamento foi votado em reunião virtual do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que é constituído por 22 representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil, e delibera a respeito dos registros e tombamentos do Patrimônio Cultural. A de Maringá, derrubada em 2010, teve processo iniciado de tombamento, mas, sem o apoio da administração do PP, perdeu além de suas estruturas até a homenagem que fazia ao segundo prefeito da cidade, que lhe dava o nome.
O pedido de tombamento da Antiga Rodoviária de Londrina – atual Museu de Arte da cidade – foi uma iniciativa da superintendência do Iphan no Paraná, em 2011. Em votação unânime, o conselho confirmou o tombamento do edifício que será inscrito no Livro do Tombo das Belas Artes.
A antiga Rodoviária de Londrina é o primeiro bem reconhecido como Patrimônio Cultural em nível nacional na chamada região de Norte Novo. “O tombamento além de trazer projeção nacional para o edifício, um bem representativo da arquitetura moderna, mostra atenção do Iphan com essa região do estado do Paraná”, destaca a superintendente do Iphan-PR, Rosina Parchen. Ao todo, o estado possui 20 bens tombados pelo Iphan, incluindo conjuntos arquitetônicos. Leia mais.