Indicadores da covid-19 ligam sinal de alerta em Maringá

Marcelo Puzzi, secretário municipal de Saúde de Maringá

Os dados da segunda quinzena de maio relativos à pandemia de covid-19 em Maringá apontam sinal de alerta, segundo avaliação do secretário de Saúde, Marcelo Puzzi. A taxa de positividade, por exemplo, está em 52,25% (dado de segunda-feira, 17); o adequado seria de 5%, e o satisfatório, 20%. A taxa de positividade significa que, de cada 100 pessoas com sintomas do tipo gripal (coriza, dor de garganta, espirros, febre leve etc) 44 delas são positivadas como covid-19. Em junho do ano passado o índice era de 17,8%.

TRANSMISSIBILIDADE – Também aumentou 31,38% o índice R de reprodução (transmissibilidade), que saltou de 0,93% para 1,22% entre os dias 6 e 22 deste mês. O aumento foi de 26% – ou seja, significa que 100 pessoas contaminam outras 122.

Ainda de acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde, a incidência de contaminação média está em 328,25 por 100 mil habitantes. No início de março eram 445 contaminados por grupo de 100 mil habitantes. No final de abril este número foi reduzido para 157. O satisfatório para a incidência de contaminação seria abaixo de 100 contaminados por 100 mil habitantes.

A redução mostrou a eficácia dos decretos restritivos, segundo Puzzi. “No período dos decretos restritivos fizeram a incidência de contaminação recuar de 445 para 157 entre março e abril. A partir de abril e maio, com os decretos flexíveis, a incidência de contaminação manteve-se no patamar e com alta”.

MÉDIA MÓVEL – Em Maringá, a variação da média móvel de positividade (que expressa a média de pessoas positivadas em 14 dias) é 74,48 (para 18 de maio).

OCUPAÇÃO HOSPITALAR – As estimativas de ocupação hospitalar e de UTI são calculadas com base na incidência de contaminação. De 15% a 20% serão hospitalizados e 3% irão para a UTI, de acordo com o indicador de incidência. Neste momento a incidência de contaminação é 189 por 100 mil/habitantes, ou seja, cerca de até 55 contaminados precisarão de atendimento médico-hospitalar e aproximadamente 10 poderão de internamento em UTI. O adequado seria que o índice fosse menor do que 100 contaminados por 100 mil/habitantes.

OBITOS – O número de óbitos caiu 61% como reflexo dos decretos restritivos, porém, com a retomada da contaminação, o indicador de óbitos está em tendência de crescimento. O crescimento é do índice atual de registro de óbitos é de 7,69% no sábado, 22.

OCUPAÇÃO – Em, Maringá a ocupação de UTIs e enfermarias semi-intensivas já está no patamar de 100%.